O diretor de produção de frente de serviço da empresa Derick
Construtora, Antonio Ribeiro de Matos, esteve na manhã desta quinta-feira (30),
no Complexo de Delegacias do Sobradinho, em Feira de Santana, prestando uma
queixa contra a Concessionária Shopping Popular, responsável pelo Centro
Comercial Popular, inicialmente denominado Shopping Popular. O empreendimento cercado
de polêmica está sendo erguido na Avenida Olímpio Vital,através de parceria
público-privada (PPP).
Segundo Antonio Matos, a Derick é uma empresa paulista e foi
contratada para fazer serviços de fundação e foi firmado contrato no valor de
R$ 1.250.000 com prazo de sete meses e meio, que termina nesta sexta-feira
(1º). Ele informa que a empresa tem mais de R$ 300 mil para receber, que foram
investidos na obra, mas a concessionária Feira Popular se nega a pagar. “Reuniu
os nossos funcionários, falaram que iam pagar direto para eles, iam dar baixa
na carteira, e que se a gente quisesse resolver para receber, teria que
procurar a justiça”, denuncia Matos.
Ele reclama que por conta dos atrasos nos pagamentos o
aluguel do alojamento dos funcionários, contas de água e luz, e serviços de
fornecedores estão sem serem quitados e com ameaça de despejo. “Já vendi até um
carro e o compromisso está todo empenhado na obra, um prejuízo de R$ 140 mil”.
O diretor da construtora informou que outra empresa foi
contratada e deve começar o serviço na próxima segunda-feira (4), mas tomou
conhecimento que outras prestadoras também estão sem receber, a exemplo de
bate-estaca e topografia. Segundo ele, os pagamentos feitos até agora sempre
foram com atraso e parcelados. Disse que possui extratos bancários para
comprovar.
CHINESES NO COMANDO
Em entrevista ao repórter Sotero Filho, o diretor da Derick
disse que foi agredido verbalmente durante uma reunião onde estavam o senhor
Elias Tergilene e chineses, que segundo ele, são os responsáveis pelo Centro
Comercial. “Uma obra concessionária, são três chineses e um brasileiro. É uma
concessão e ganharam uma licitação de noventa e poucos milhões da Prefeitura
para poder administrar isso aí, e a prefeitura deu R$ 13 milhões para iniciar a
obra e agora há um subsídio de R$ 6 milhões,ou seja; a prefeitura tá entrando
com uma verba de R$ 19 milhões nesse capital de giro pra construir esse
shopping popular. Agora, hoje, a empresa não tem condições de pagar o que me
deve, pra gente ir pagar os funcionários? A nossa situação é crítica”,
declarou.
IRREGULARIDADES NO CANTEIRO DE OBRAS
Antonio Matos também denunciou irregularidades no canteiro
de obras do Shopping Popular e informou que a quebra de contrato já foi comunicada
ao Ministério do Trabalho, sindicato da categoria e por último na delegacia de
polícia.
“A obra se encontra irregular. Pelas normas da lei
trabalhista, da NR18, não tem um canteiro de obras decente, ela (concessionária)
não tem um banheiro masculino, não tem um banheiro feminino, não tem chuveiro,
não tem lavatório, não tem refeitório, área de convivência, não tem almoxarifado.
O pessoal como, faz as refeições jogados dentro de água de esgoto, em cima dos
materiais do canteiro. Isso a gente tem relatório e documento cobrando a eles
as normas das leis trabalhistas”, denunciou.
O representante da construtora paulista acrescentou que
entrou em contato com o secretário municipal do Trabalho, Turismo e
Desenvolvimento Econômico, Antonio Carlos Borges Júnior, tendo como resposta
que deveria ligar no dia de hoje (30) para ele ver o que poderia fazer sobre o
assunto.
Até o fechamento desta matéria, nossa reportagem não conseguiu contato com o representante da Concessionária.
Até o fechamento desta matéria, nossa reportagem não conseguiu contato com o representante da Concessionária.
Blog Central de Polícia, com reportagem de Sotero Filho e
imagens reprodução.
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