Arielton Santos de Jesus,
19 anos, conhecido como Ariel, foi baleado e morreu após resistir à prisão e
trocar tiros com a Polícia Militar no fim da manhã desta quinta-feira (12) no
bairro JK, em Santaluz. A informação foi confirmada pela PM. De acordo com informações
obtidas pela reportagem, ele foi apontado como dono da arma usada no assalto
que terminou com a morte dos professores Edivaldo Silva de Oliveira e Jeovan
Bandeira, no dia 10 de junho do ano passado.
Ainda de acordo com
informações apuradas pela reportagem, um adolescente de 17 anos apreendido no
último dia 8 de dezembro teria relatado o fato em depoimento a juíza Monique
Carvalho de Ribeiro Gomes, durante uma audiência realizada no Fórum de Santaluz
na manhã desta quinta.
Após o relato do adolescente
de que a arma usada no crime pertencia a Ariel, policiais da 5ª Companhia e da
Companhia de Emprego Tático Operacional (Ceto) do Décimo Sexto Batalhão foram
ao local para cumprir um mandado de prisão contra o acusado, mas foram
recebidos a tiros por ele, segundo a PM. Os militares revidaram e Ariel foi
alvejado na perna e no tórax.
Ele foi socorrido pelos
próprios policiais e encaminhado ao hospital da cidade, onde deu entrada por
volta do meio-dia, em estado grave. O acusado não resistiu aos ferimentos e
veio a óbito por volta das 14h15.
Segundo a PM, o caso foi
registrado como morte decorrente de oposição à intervenção policial. Ainda
de acordo com a corporação, um revólver calibre 38 e um tablete de maconha
foram apreendidos durante a ação.
Entenda o caso
No dia 10 de junho de 2016, guarnições da Polícia Militar e da Guarda Municipal
de Santaluz receberam a informação de que um acidente teria ocorrido às margens
da BA-120 e, quando chegaram ao local, constataram que havia dois corpos
carbonizados no porta-malas de um veículo HB20, que estava capotado na rodovia
que dá acesso ao município de Queimadas.
Na ocasião, o corpo do
professor Edivaldo Silva de Oliveira, 32 anos, conhecido como Nino, que era o
proprietário do veículo incendiado, foi identificado por meio de prontuário
odontológico, no DPT de Feira de Santana, e liberado para ser enterrado pela
família.
Já o outro corpo, que
parentes do professor Jeovan Bandeira de Lima, 39 anos, acreditava desde o
início ser do docente, que foi visto pouco tempo antes saindo com Nino da
escola onde eles trabalhavam, seguiu no Departamento de Polícia Técnica de
Feira de Santana sem identificação até a última segunda-feira (9), quando foi
reconhecido através de exame de DNA e liberado para ser enterrado pela família.
O sepultamento de Jeovan aconteceu no cemitério do distrito de Pereira, sua
terra natal, distante 63 quilômetros de Santaluz. Antes, o corpo passou pela
sede do município, onde recebeu homenagens de amigos, alunos e parentes.
Dupla confessa
participação no crime
No dia 8 de dezembro do ano passado, quando a morte dos professores estava
prestes a completar seis meses, a Polícia Militar prendeu Gleice e apreendeu o
adolescente, após receber denúncia anônima. Conforme a PM, ambos confessaram
envolvimento na morte dos professores e revelaram a participação de uma
terceira pessoa no crime: Alan Militão Pires, 19 anos, que foi morto no dia 6
de dezembro, na cidade de Valente, após deixar a delegacia local, onde estava
preso por tráfico de drogas.
De acordo com a polícia,
a dupla contou que o crime ocorreu após uma tentativa de sequestro frustrada.
“Ela assumiu que participou do sequestro dos professores com a ajuda dos outros
dois suspeitos e os colocou dentro do porta-malas do carro de Nino. Segundo
ela, a intenção era liberar as vítimas na cidade de Queimadas, mas se
envolveram em um acidente e capotaram o carro na saída de Santaluz, e decidiram
incendiar o veículo para forjar um suposto incêndio”, revelou uma fonte
policial ouvida pelo Notícias de Santaluz. “A jovem disse ainda que toda ação
foi orquestrada por Alan, que era seu namorado e a teria ameaçado para não
contar”, completou.
Fonte: Notícias de
Santaluz
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