quarta-feira, 14 de novembro de 2018

Deficiente visual que matou a companheira é condenado a 16 anos de prisão em Feira de Santana


Um deficiente visual acusado de matar a mulher dele, que estava grávida, com uma facada no pescoço após uma discussão foi julgado e condenado pelo conselho de sentença a 16 anos e três meses de prisão em regime fechado. O julgamento ocorreu nesta terça-feira (13), no Fórum Desembargador Filinto Bastos, em Feira de Santana, e foi presidido pela juíza Márcia Simões Costa.

O júri popular começou às 8h e foi encerrado por volta das 17h. Teódulo Ferreira dos Santos está preso desde a época do crime, em julho de 2017, ocorrido no interior da residência do casal, no bairro Santo Antônio dos Prazeres. Risoleta Araújo de Alencar, 30 anos, estava grávida de seis meses do suspeito. O bebê também morreu.
“ Nós usamos a tese que ele agiu sob violenta emoção logo após provocação  da companheira, e que não existia nem a qualificadora da motivação tampouco a qualificadora do recurso que impossibilitou a defesa da vítima.”, explicou o defensor público Maurício Saporito, que recorreu da sentença.

A promotora Semiana Cardoso, que atuou na acusação, considerou a sentença justa. “As provas estão a indicar que o crime foi cometido da forma como tínhamos acusado, que é a impossibilidade de defesa da vítima e também o motivo que o levou a praticar o crime, que foi um motivo fútil. Ela estava grávida dele de seis meses e ainda assim ele tirou a vida dela”, disse a promotora.

Crime e tentativa de fuga

De acordo com as investigações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP),  após matar a esposa, Teódulo Ferreira tentou fugir da cidade com o outro filho um 1 ano da vítima, mas foi impedido quando tentava embarcar em um ônibus para a cidade de Camaçari, na rodoviária de Feira de Santana.

Preso em flagrante pela Polícia Militar, o acusado foi apresentado na delegacia e acabou confessando o crime.  Na delegacia, Teódulo contou que matou a mulher após uma discussão e uma suposta luta corporal, mas a versão é contestada pela polícia. O delegado Gustavo Coutinho, titular da DHPP, na época, informou que o levantamento cadavérico realizado pela polícia indicou que a vítima estava dormindo, quando foi atacada.
“A perícia constatou isso e, inclusive, ela não tinha nenhum sinal de defesa. Ela estava dormindo, ele foi na cozinha, pegou a faca, voltou, cravou no pescoço dela. Ela estava quase degolada. Se fosse briga, ela teria pelo menos tentado colocar a mão na frente. Ou seja, tudo indica que não teve discussão”, explica  Coutinho.  O corpo foi encontrado ao lado da cama.

Blog Central de Polícia, com informações de Sotero Filho e arquivo/fotos reprodução.



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