Uma ação de improbidade administrativa foi ajuizada pelo
Ministério Público (MP-BA) contra um falso médico que atuou como plantonista
por pelo menos quatro dias na Policlínica de Humildes, distrito de Feira de
Santana, entre setembro e outubro de 2015. A ação foi impetrada na terça-feira
(5).
Segundo o promotor de Justiça Tiago Quadros, autor da ação,
Dorian Cristian Gomes dos Santos foi contratado pela Cooperativa de Trabalho
Redesaúde, terceirizada pela prefeitura, e utilizou credenciais de um médico
cooperado que não atuava pela Redesaúde há mais de dois anos. O falso médico
chegou a ser preso em 2015, quando a fraude foi descoberta.
Além de Dorian Cristian, são acusados de causar prejuízos
aos cofres públicos municipais o coordenador médico da cooperativa, Thiago
Abade Cotinguiba; o coordenador da Policlínica, Celimário Rodrigues da Silva e
a própria Redesaúde.
O G1 entrou em contato com a Secretaria de Saúde
de feira de Santana, que ficou de se posicionar sobre o caso. A reportagem
também tentou falar com a Redesaúde, mas não conseguiu contato.
Segundo a ação, o falso médico confessou a fraude em
depoimento prestado à polícia. Já a cooperativa é responsabilizada por
disponibilizar ao coordenador da unidade de saúde a sua estrutura empresarial
como forma de disfarçar a contratação de falso médico.
Conforme a ação do MP-BA, Dorian Cristian teria se passado
por médico com o aval deliberado de Thiago Cotinguiba, responsável por
organizar as escalas de plantão dos profissionais de saúde terceirizados e pela
contratação ilegal do falso plantonista. Dorian Cristian não utilizava crachá e
se apresentava apenas com um carimbo que continha o nome de um médico e a
respectiva inscrição dele no Conselho de Medicina da Bahia (Cremeb).
Ainda segundo o MP-BA, por plantão prestado, Dorian Cristian
recebeu R$ 500, quando os valores oficiais pagos aos prestadores de serviços
são de R$ 1,5 mil nos dias úteis e R$ 1,7 mil nos finais de semana.
Caso
Quando o caso foi revelado, em 2015, a polícia informou que
Dorian Christian Gomes dos Santos era formado em Medicina na Bolívia e usava
carimbo de outro médico.
O caso foi denunciado à polícia por um médico do Hospital
Geral Clériston Andrade (HGCA), que recebeu a solicitação do falso profissional
para transferir pacientes para o hospital. De acordo com a assessoria do HGCA,
o carimbo que o falso médico usava era do irmão do médico do hospital, que
estava viajando.
FONTE: G1, com imagens reprodução.
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