Um homem ainda não identificado é procurado pela polícia por
estuprar, ao menos, sete mulheres, na cidade de Feira de Santana, a cerca de
100 km de Salvador. De acordo com a Polícia Civil, o suspeito age armado e,
além de abusar sexualmente das vítimas, ainda as rouba e corta o cabelo delas.
Conforme a polícia, há registros de estupros cometidos pelo
homem desde 2016. Só neste ano, dois casos foram denunciados. Com base nas
descrições das vítimas, segundo a polícia, o suspeito é negro e mede cerca de
1,70 m. O retrato falado dele não foi divulgado.
A polícia reforça que todas as mulheres vítimas de estupro
precisam denunciar o caso, e pede que mulheres que tenham sido abusadas por um
suspeito com características semelhantes as do homem procurado busquem a
Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), para ajudar nas investigações.
"Mulheres que tenham sido vitimadas por um indivíduo
que usa arma de fogo, e que tem o hábito de quando perpetra essa violência
cortar o cabelo delas... nós estamos querendo que essas mulheres denunciem, pra
nós apurarmos e concluirmos essa diligência. E nós acreditamos que tenha um
número maior, porque, cada vez que tem uma vítima de estupro, pode ter certeza
que tem muito mais por trás. E essas vítimas relutam realmente em denunciar.
Isso dificulta a investigação", relata a delegada Clécia Vasconcelos,
titular da Deam de Feira de Santana.
A pena para este crime varia de 6 a 10 anos de prisão. Se o
estupro resultar também em lesão corporal, ou morte da vítima, pode chegar a 30
anos. Pesquisas apontam que a maioria das mulheres tem medo de denunciar por
diversos motivos, como vergonha e medo.
De janeiro até 9 de abril, a Deam de Feira de Santana
registrou 10 estupros. A maioria aconteceu no ambiente doméstico. Os crimes
foram cometidos por parentes, namorados, amigos ou conhecidos da vítima. Alguns
casos ainda estão sendo investigados.
O Centro de Referência Maria Quitéria, que atende mulheres
vítimas de violência em Feira de Santana, acompanha atualmente uma vítima de
estupro. "Ela está se reerguendo, reestruturando a vida para um novo
recomeço e isso é muito lento, é muito difícil", explica Josailma Lima,
representante da instuição.
Fonte: G1, com foto reprodução.
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