Dois suspeitos de
envolvimento na morte da menina Yariana de Jesus Viana, de 10 anos,
ocorrida na última quarta-feira (6), na casa onde a criança morava, em Feira de
Santana, se apresentaram à polícia nesta segunda-feira (11). João Vitor
Barreto, de 19 anos, e Júlio César Catureba dos Santos, de 21, prestaram
depoimento e foram liberados. Eles negam o crime.
De acordo com a polícia,
Yariana foi atingida depois que quatro homens chegaram ao imóvel a procura do
irmão dela, que teria envolvimento com o tráfico de drogas. Como o rapaz não
foi encontrado, os bandidos atiraram onde Yariana estava. A menina, que foi baleada
no tórax, chegou a ser levada para o Hospital Estadual da Criança, mas não
resistiu aos ferimentos.
Segundo Antônio Augusto
Leal, advogado dos suspeitos, eles dizem que estavam fora de Feira de Santana,
quando a menina foi morta. “Nenhum dos dois confessa a prática delituosa
imputada a eles neste momento. Eles contam que não estariam em Feira de
Santana, estariam inclusive na cidade de Salvador, e que não sabem. Viram as
fotos deles sendo veiculadas nas redes sociais, botando eles como se tivessem atirado
na criança”, afirmou o advogado.
O delegado de homicídios,
Gustavo Coutinho, informou que a mãe da criança também esteve na delegacia
nesta segunda e identificou os dois suspeitos. Ele contou ainda que João Vitor
e Júlio César disseram em depoimento que o irmão de Yariana teria matado o
irmão de um traficante em 2016, e que esse traficante prometeu vingança.
Ainda segundo o delegado,
dois menores também participaram do assassinato da menina. Um já foi
identificado, a mãe dele foi ouvida e confirmou que ele esteve na cena do
crime.
Caso
O crime aconteceu no
final da tarde de quarta-feira. De acordo com o delegado Gustavo Coutinho,
Yariana foi atingida por engano, no lugar do irmão de prenome Rafael, que tinha
envolvimento com o tráfico de drogas do município.
Rafael vendia drogas para
um traficante de prenome Marquinhos, que está no presídio de Feira de Santana.
Segundo o delegado, ele resolveu parar de comercializar a droga, o que
desagradou o traficante. Marquinhos então teria determinado que quatro homens
matassem Rafael como forma de represália, de acordo com Coutinho.
No momento da ação,
Rafael havia saído para comprar pão. A mãe dele e da vítima estava na frente de
casa, quando os bandidos chegaram para executar a ordem de Marquinhos,
esclarece o delegado. Ela informou que o filho não estava na residência, no
entanto, os bandidos viram uma movimentação em um dos quartos, através da porta
da casa.
Eles disparam várias
vezes no cômodo, onde duas irmãs de Rafael se arrumavam para ir à igreja.
Yariana, acabou baleada. Ela foi sepultada na sexta-feira (8), no Cemitério São
Jorge.
FONTE: G1, com
informações e imagens TV Subaé.
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