O estudante
de administração Luiz Alberto Ramon esteve na manhã desta sexta-feira (28), no
Complexo Policial Investigador Bandeira, no Jomafa, para esclarecer sua prisão
ocorrida na última terça-feira (25), no pátio do Detran, em Salvador. Segundo
nota da Secretaria de Segurança Pública, ele tentava transferir para o próprio
nome um veículo roubado.
Luiz foi
detido por policiais da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos
(DRFRV) a bordo de uma picape Nissan Frontier. O estudante informou para nossa
reportagem que adquiriu o veículo e verificou através do sistema que a picape
não tinha nenhuma restrição, mas mesmo assim foi preso de forma abrupta e teve
sua imagem arranhada por prepostos da polícia de Salvador. Disse que levou o
carro ao Detran para fazer vistoria e pagar encargos pendentes e teve seu nome manchado por uma acusação injusta. Consultamos o Sinesp e verificamos que não há restrição com a placa do veículo, conforme imagem abaixo.
Ainda de
acordo com o estudante, o vendedor do carro compareceu à Delegacia de Repressão a
Furtos e Roubos (DRFR) de Feira de Santana para esclarecer o fato. Diante da
situação, a polícia já solicitou o arquivamento do inquérito envolvendo o nome
do estudante, que terminou sendo vítima de uma prisão arbitrária, sem a devida
investigação.O delegado André Ribeiro, titular da DRFR/Feira, informou ao Acorda Cidade que o carro foi roubado em uma cidade no interior de Sergipe, que a queixa foi registrada, mas a delegacia não cadastrou a placa do veículo no sistema nacional. Quando o jovem realizou a consulta do carro através da placa não havia nenhuma restrição de furto e roubo, o que o fez acreditar que o veículo tinha situação legal.
“Luiz disse que comprou o carro de boa fé e que foi vítima de um golpe. Há um queixa de furto e roubo deste veículo no interior de Sergipe, porém a placa deste veículo não está no sistema nacional de veículos roubados, mas de fato existe a queixa. Ele foi apresentado lá em Salvador e esteve aqui porque ouvimos as duas pessoas que venderam o carro para ele em Feira de Santana. A data da compra e do roubo já denota que houve algo estranho. Ele comprou o carro em um mês e a queixa foi dada um mês depois, então indica-se que ele tenha mesmo comprado o carro de boa fé, e foi vítima de algum golpe. O caso está sendo apurado em Salvador. A polícia vai investigar também se o carro era um dublê”, disse.
O delegado faz um alerta para as pessoas sobre os cuidados de comprar um veículo seminovo, principalmente nas mãos de terceiros. É importante averiguar não apenas a procedência do carro, mas também sobre quem está vendendo e quem é a pessoa que consta no documento do carro como proprietária do veículo. Se a compra for feita em lojas de seminovos, verificar o histórico da empresa, e se ela trabalha de forma idônea, procurando referências através de outras pessoas que já realizaram uma compra no estabelecimento.
Luiz declarou que ele e a família estão muito abalados e que teve a vida mudada radicalmente. “Fui tratado na delegacia como um ladrão. Tive minha vida destruída por causa de um golpe”, lastimou.
Blog
Central de Polícia, com informações de Denivaldo Costa e Aldo Matos, com imagem reprodução.
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