Segundo informações das entidades, 90% das delegacias estão em condições
de extrema precariedade e péssimas condições de trabalho. A categoria
reivindica a Restruturação das Carreiras ao Governo do Estado.
Todas as categorias da
Polícia Civil do Estado da Bahia e o Departamento de Polícia Técnica
(DPT) irão paralisar as atividades por 24horas, nesta
sexta-feira(2), conforme deliberação da Assembleia Unificada que ocorreu na
semana passada(25), na Faculdade Visconde de Cairu. Delegados, investigadores,
escrivães, peritos criminais, peritos técnicos, médicos legistas e
odontos, a partir das 9hs, vão realizar um ato público em frente ao
Centro de Operação e Inteligência (COIN), próximo à Secretaria de Segurança
Pública, localizado no CAB, onde será feito um protesto em repúdio à
precariedade e falta de estrutura das unidades policiais e em defesa do
Anteprojeto de Reestruturação Salarial das Carreiras já entregue a SAEB.
Os serviços essenciais serão mantidos de acordo com o percentual exigido por
Lei.
O Presidente do SINDPOC,
Marcos Maurício, destaca que 90% das delegacias do Estado estão inadequadas,
com condições de extrema precariedade e diversas delegacias foram instaladas em
casas residenciais. Como exemplo, o sindicalista citou a 3ºDP
do Bonfim, 7º DP do Rio Vermelho, 16º
DP da Pituba, 14º DP da Barra e outras delegacias
no interior baiano. Maurício esclarece que o objetivo da paralisação é
chamar atenção da sociedade e do Governo em relação à situação da Polícia Civil
“que está falida” e
passando por muitas necessidades. “ A Secretaria
de Segurança Pública investiu R$ 260 milhões na construção do COIN e,
enquanto isso, as delegacias estão totalmente abandonadas!”,
criticou Maurício.
O Presidente da Sindicato
dos Delegados da Polícia Civil (ADPEB), Fábio Lordello, enfatiza que na
tabela salarial, a nível nacional, a Polícia Civil baiana possui a pior
remuneração do Brasil. Lordelo explica que a partir de sábado(3) a categoria
irá trabalhar sob o regime de Operação Padrão, ou seja, a categoria só vai
executar as atividades que estiverem com todas as condições de trabalho
exigidas por Lei. “Se não tivermos os equipamentos
adequados para fazermos as perícias e as investigações, não iremos fazer! O objetivo
da Operação Padrão é agir com a legalidade”, pontuou o
delegado Fábio Lordello.
O Presidente da
Associação dos Investigadores (ASSIPOC), Ary Alves, lembra que a paralisação
será feita por todas as categorias com o intuito de pressionar o Governo para
que o Anteprojeto de Reestruturação Salarial da Polícia Civil e Polícia Técnica
seja sancionado pela Assembleia Legislativa. “
Reivindicamos a valorização profissional, melhores condições de trabalho, a
nomeação dos concursados de 2013, 2014 e os remanescentes de 1997, para
podermos prestar um bom serviço à sociedade, Hoje temos policiais que precisam
fazer bicos para complementar a renda”, criticou a
liderança.
O Presidente da
Associação dos Escrivães (AEPEB), Luiz Carlos, ressalta que a Assembleia é
soberana e os escrivães vão seguir a deliberação de paralisação. “ Estamos lutando por uma demanda comum para todos!”, garantiu.
Ascom
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