População não recebeu bem exigência de registro de acidente sem vítima pela internet

Os acidentes sem vítimas em Feira de Santana passaram a ter sua ocorrência de trânsito registrada pela internet, sem a exigência do agente de trânsito no local. Segundo o superintendente de trânsito, Francisco Junior, as pessoas inicialmente não receberam bem a mudança.

“Realmente tem sido de um ponto de vista negativo. As pessoas reagem dizendo que o agente de trânsito deveria estar no local para dizer quem está certo ou errado, para dirimir qualquer situação de vias de fato”, afirmou.

No entanto, o superintendente esclarece que este não é o papel do agente. “A gente sabe que o agente de trânsito apesar de fazer parte do quadro da segurança pública não trabalha nessa questão de dirimir questões de vias de fato. Ele vai para o local para fazer a coleta dos dados e das informações, posteriormente lançar no seu formulário e deixar consignar para o órgão de trânsito. Dizer quem está certo ou está errado não é de competência dos agentes, apesar de ser um técnico, trabalhar na área, o julgamento não cabe a ele. Cabe a um juiz a partir do momento que o processo chegar lá”, explicou.

Apesar da reação negativa, Francisco Junior avalia que já há pessoas encarando a mudança como positiva. “A gente tem uma reação, no primeiro momento, negativa, mas tem sido positiva a receptividade das pessoas com a confecção desses documentos”, acredita.

Em caso de divergência de informações, os condutores envolvidos no acidente são chamados. “Saliento que em diversas situações, quando a gente vê inconsistência nesses registros, a gente liga para os condutores para que se apresentam na SMT para fazer algumas correções que sejam necessárias”, pontuou.

O superintendente ressalta que mesmo com a presença do profissional de trânsito, pode haver dúvidas nas provas existentes. “As provas podem existir independente da presença ou não do agente de trânsito. Já tivemos situação em que acidentes com vítimas, a suposta vítima não estava na cena, o agente passou, coletou os dados e dois meses depois aparece uma pessoa alegando que era a vítima daquele local”, disse.

Daniela Oliveira com informações de Emanuely Pilger ( Bom Dia Feira).