O Ministério Público Federal em Feira de Santana (MPF-BA),
a cerca de 100 quilômetros de Salvador, denunciou à Justiça Federal uma
organização criminosa suspeita de causar prejuízo de R$ 10 milhões à Caixa
Econômica Federal e outras instituições financeiras. A informação foi divulgada
pelo órgão na terça-feira (23).
A ação é resultado da Operação Ali Babá, que realizou uma
série de prisões em julho deste ano. Conforme o MPF, os denunciados criavam
empresas jurídicas fantasmas e utilizavam “laranjas” - intermediários em
operações financeiras ilícitas -, para abrir contas e contrair empréstimos em
diversos bancos, incluindo a Caixa. A organização criminosa não quitava as
dívidas.
Conforme o MPF-BA, a quadrilha, que atuava em municípios no
interior da Bahia, era investigava desde 2013. O órgão detalha que o líder do
grupo constituiu mais de mil empresas de fachada e utilizou sete nomes falsos
para cometer os delitos. Preso, ele irá responder por estelionato e tentativa
de obter empréstimo fraudulento, como também por comando de organização
criminosa. Onze pessoas envolvidadas no crime estão presas.
Operação
A Polícia Federal prendeu, na operação "Ali Babá",em julho deste ano,
23 suspeitos de integrar uma organização criminosa que aplicava golpes na Caixa
Econômica Federal e outras instituições financeiras na Bahia. Duas pessoas que
foram alvos de mandados de prisão não foram encontrados.
De acordo com o delegado da PF Wal Goulart, coordenador da
operação, foi constatado prejuízo de R$ 10,5 milhões causado pelo grupo aos
bancos só em 2013, mas o valor pode ser maior, porque a organização continuou
em atuação.
"O único prejuízo computado é de R$ 10,5 milhões.
Agora, com a coleta de provas, vamos descobrir novos sócios. Cerca de mil
empresas foram criadas por esse grupo", disse à epoca. Ainda segundo o
delegado, além da Caixa Econômica Federal, também foram constatados prejuízos
nos bancos Itaú, Santander, Bradesco e Banco do Brasil.
A Operação Ali Babá cumpriu mandados nas cidades de
Salvador, Feira de Santana, Seabra, Palmeiras, Monte Santo, Presidente Tancredo
Neves, Remanso e Vitória da Conquista, todas na Bahia. Ao todo, foram expedidos
25 mandados de prisão, 10 preventivas e 15 temporárias; 28 mandados de busca e
apreensão e quatro mandados de condução coercitiva.
De acordo com a investigação, a organização criminosa
operava desde 2006, atuando através da constituição de empresas irregulares, em
nome de “laranjas”, com as quais eram obtidos empréstimos com valores altos,
junto a diversas agências bancárias, de vários bancos. Os créditos não eram
restituídos. A polícia identificou 19 empresas envolvidas no esquema, mas
suspeita que o número de envolvidos seja maior.
Fonte: G1.
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