terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Associação de policiais militares da Bahia decide paralisar as atividades

Após assembleia realizada nesta terça-feira (31), a Associação de Policiais e Bombeiros da Bahia (Aspra) anunciou o início de uma greve de parte do efetivo dos policiais. O diretor jurídico da associação, Fábio Brito, rebateu os argumentos do comando da instituição – de que o grupo não teria legitimidade para representar a categoria – e garantiu a paralisação das atividades. “Quem não representa são as outras instituições. A Aspra é a única associação que deu origem a essa manifestação”, afirmou.

O deputado estadual Capitão Tadeu (PSB) esteve no local e foi vaiado, mas minimizou o acontecimento. “A Aspra tem razão em estar irritada. A GAP [Gratificação de Atividade Policial] 5, por exemplo, foi instituída há 14 anos e nunca foi paga. Mas eu fui vaiado apenas pelos diretores da associação, que politizaram o grupo”, relatou. O parlamentar também destacou que a greve foi decretada pela Aspra, mas que não era possível prever o comportamento da corporação. “Uma associação decretou greve. Resta saber se os policiais irão aderir”, disse.

Em toda a Bahia, há um contingente de 31.869 policiais. Na capital, esse número é de 10.712. Um grupo de PMs se dirigiu ao Centro Administrativo da Bahia (CAB) para protestar, apesar de o governador Jaques Wagner não estar na cidade. O petista faz parte da comitiva que acompanha a presidente Dilma Rousseff em sua viagem a Cuba.

PM CONSIDERA A PARALISAÇÃO “MUITO REMOTA”

O diretor de comunicação da PM, coronel Gilson Santiago, afirmou que a possibilidade de greve dos policiais baianos é “muito remota”. Em entrevista ao Bahia Notícias, ele reiterou o conteúdo de nota enviada pela instituição e garantiu que o comando-geral da entidade negocia com associações de policiais melhorias nas condições de trabalho, como o aumento salarial.

Perguntado sobre conversas com a Associação de Policiais e Bombeiros da Bahia (Aspra) – que garantiu não estar descartada a possibilidade de greve – o coronel foi categórico: “Com essa, não estamos tratando. Estamos discutindo com as associações efetivamente vinculadas à PM, já que o representante desta associação não faz parte dos quadros da polícia”.

Santiago também descartou a possibilidade de haver um “racha” e parte do efetivo entrar em greve. “Estamos monitorando e não existe esse indicativo. Existe apenas a palavra deste cidadão”, disse, em referência ao presidente da Aspra, Marcos Prisco Caldas Machado.

As informações são do Bahia Notícias, com imagem ilustrativa

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