segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Vereador acusa empresa de ônibus de manter estudante em cárcere privado

O vereador Marialvo Barreto (PT), em discurso proferido na tribuna da Casa da Cidadania, nesta segunda-feira (28), criticou a empresa de ônibus 18 de Setembro, que faz parte do Sistema Integrado de Transporte (SIT), destacando uma queixa da professora Juciara Alves dos Santos, prestada na Delegacia da 1ª Circunscrição Policial de Feira de Santana contra a concessionária, no último dia 24. Segundo a comunicante, seu filho menor de idade (17 anos) passou pelo constrangimento de ficar cerca de 3 horas detido dentro do ônibus coletivo, em virtude de um erro da máquina que não conseguiu fazer a leitura do cartão estudantil.

De acordo com Marialvo, o problema só foi resolvido no Terminal Central, quando um fiscal da empresa testou o cartão e constatou que, além de ter créditos, não havia problemas técnicos na credencial do estudante. O vereador disse ainda que o menor está com receio de pegar o transporte coletivo e passar pela mesma situação outra vez. Indignado, o petista questionou qual é a metodologia que permite o Sindicato das Empresas do Transporte Coletivo (Sincol) manter alguém em cárcere privado. “Por sorte, a empresa não chamou a polícia, porque o menino é negro. Poderia acontecer com ele o mesmo que houve com o adolescente que estava na moto na avenida João Durval, onde foi vítima de agressões de dois policiais militares”, observa.

Na sequência, o líder da bancada governista, Maurício Carvalho (PR), se pronunciou sobre o episódio. “A denúncia que o vereador Marialvo Barreto traz a esta Casa, deve ser objeto de repúdio, porque esse não deve ser o procedimento de uma empresa concessionária do transporte coletivo de Feira de Santana. Não é pelo fato de ser branco, preto ou mulato. É por que isso não deve ser feito com ninguém. Esse não deve ser o critério. Afinal de contas trata-se de um menor, de um estudante. Pior que isso, é usar essa metodologia, essa sistemática e depois ficar confirmado que o erro estava na máquina do ônibus, e não na carga do cartão”, disse o edil.

Solidário ao adolescente e sua família, o vereador Maurício Carvalho sugeriu ao presidente da Câmara, Antônio Francisco Neto – Ribeiro (DEM), que, em nome da Casa da Cidadania, faça uma moção de repúdio a empresa 18 de Setembro, mostrando o descontentamento da Casa Legislativa em relação atitude da concessionária.

As informações são da Ascom CMFS.

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