quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Vigilantes dizem em depoimentos que não sabem quem atirou em caminhoneiro


Vigilantes do posto de combustíveis Lubrijal, localizado no distrito de Humildes, foram ouvidos na manhã desta quinta-feira (9), pela delegada Márcia Pereira, titular da 3ª Delegacia, na sala do Coordenador da Polícia Civil, Fábio Lordello, que acompanhou o caso de perto.

A delegada investiga a morte do caminhoneiro Marcos Roberto de Jesus, 34 anos, que residia no município de União Vitória, no estado do Paraná, baleado no dia 11 de junho deste ano. Ele foi internado no Hospital Geral Clériston Andrade, mas terminou falecendo.

O CRIME
Segundo parentes, Marcos estava de passagem por Feira de Santana, quando resolveu descansar no pátio do Posto Lubrijal, localizado na BR-324, no Km 99, próximo à entrada do distrito de Humildes, para depois seguir viagem. Assim que parou o caminhão, foi baleado por um homem desconhecido, que depois seria identificado como vigilante do posto. Questionado na época, porque teria atirado no caminhoneiro, o homem disse que confundiu a vítima com um assaltante. O corpo foi necropsiado no DPT de Feira e depois trasladado para o estado do Paraná.

DEPOIMENTOS
Um dos vigilantes que foram ouvidos na delegacia parece ter sido bem orientado, pois apareceu com um discurso ensaiado. " Não sabemos quem atirou. O pátio do posto é extenso e por alí passam ladrões, viciados, caminhoneiros e outras pessoas", relatou um deles.

O Serviço de Inteligência da Polícia Civil acredita em mais um caso de vigilância clandestina em Feira e que termina em morte. " Apesar das evidências, não temos o que fazer, já que os vigilantes se negam a dizer quem deflagrou os tiros no caminhoneiro",disse um investigador reservadamente à nossa reportagem.

Por: Denivaldo Costa
Imagem: Ilustração

Um comentário:

  1. Espero que a morte de um pai de familia, trabalhador, não fique impune simplesmente porque os vigilantes não querem contar quem atirou.Existem várias testemunhas do crime, entre elas 7 caminhoneiros da empresa Zappellini Transportes que meu marido trabalhava e que tem filial no posto onde aconteceu o crime, que inclusive registraram boletim de ocorrência no dia 11/07 e que até agora não foram chamados para depor.Meus filhos choram a falta do pai, espero que não chorem também pela falta de justiça dos homens.

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