quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Museu no Complexo Policial: objetos apreendidos há mais de 20 anos atrapalham policiais

Os policiais civis lotados na Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), no Complexo Policial de Feira de Santana, não páram de reclamar da falta de espaço no ambiente de trabalho, por causa de milhares de produtos que ocupam salas e corredores e inclusive, uma das salas já está lacrada, pois não há mais espaço.



São milhares de objetos de vários tamanhos, alguns "pitorescos" como televisores em preto e branco bastante antigos, vídeo-cassetes, ventiladores do tempo do "arco da velha" e um grande cofre.

A reportagem do Central de Polícia deparou-se com um aparelho de "última geração", ou seja, de tecnologia ultrapassada como um vídeo game Atari, que divertia a garotada. Foram encontrados ainda botijões de gás, bicicletas antigas, pneus de carros e motocicletas, um rádio AM, que mais parece rádio amador, vitrolas e discos de vinil e até uma máquina de datilografia, acompanhada da nota de compra da extinta loja Sadel.

Até as espingardas do tipo bacamarte, como aquelas usadas em filmes de cangaço do tipo "Lampião" estão guardadas nas salas da Polícia Civil, ocupando o espaço e transformando a delegacia num museu. Aparelhos telefônicos da década de 80 também fazem parte deste "acervo", que qualquer colecionador adoraria possuir. Os primeiros aparelhos celulares do tipo "tijolão", foram esquecidos pelos seus proprietários.

Segundo o delegado Marcelo Marques Novo (foto), são objetos com mais de 20 anos que estão custodiados na delegacia e muitos deles se deteriorando.



Providências

" O fato já foi comunicado à justiça e não podemos fazer nada, pois tem coisa aí que não vale mais nada", disse o titular da DRFR, ratificando ao mesmo tempo que os objetos serão devolvidos mediante à apresentação da nota fiscal. " Os demais objetos ficam aquí à disposição da justiça, como esse colchão no corredor", acrescentou o delegado.

No limite

" Estamos trabalhando de maneira precária e em alguns locais de forma apertada, como a sala do escrivão", informou Marcelo Novo. Até no gabinete do delegado tem produtos apreendidos. Ele informou que está sendo providfenciado um espaço na área externa para abrigar todo o material. Um leilão pode resolver o problema, mas depende da justiça.

Por: Denivaldo Costa e Rivaldo Ramos

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