quinta-feira, 29 de julho de 2010
Carceragem reformada do Complexo Policial já está superlotada e com risco de rebelião e fuga
A prefeitura de Feira de Santana ainda não divulgou o valor que foi patrocinado para a reforma da carceragem do Complexo Policial Investigador Bandeira, que terminou no final de semana, mas acredita-se que o valor pode superar os R$ 15 mil, devido ao estado em que ficou após a última rebelião ocorrida no mês de março deste ano. Esse acordo entre o prefeito Tarcisio Pimenta e o coordenador de Policia Civil de Feira de Santana, Fabio Daniel Lordelo foi feito antes do período da micareta, com a finalidade de auxiliar o Governo do Estado, que na época queixava-se de falta de verbas para reforma da carceragem.
As celas reformadas passaram por algumas modificações na parte estrutural. Por exemplo: a quantidade de 15 passou para 13. Esse foi o consenso e o acordo firmado entre as autoridades como membros do Ministério Público e órgãos de defesa dos direitos humanos. Agora são 9 celas que cabem dois presos em cada uma e mais 4 celas que comportam quatro pessoas, totalizando um espaço reservado para 34 presos.
Fora de controle
E nem precisou de “inauguração”. A cadeia já está lotada com mais de 80 presos, superando a capacidade que é para 34 pessoas. O Delegado Lordelo relatou para o repórter Denivaldo Costa que a situação vai ficar pior. " Temos que transferir mais 25 presos que estão em delegacias da região e que foram removidos por conta da reforma da carceragem e ainda resquícios do período de rebelião que terão de retornar, pois essas delegacias não dispoem de estrutura para manter esses presos da justiça e correm o risco de fuga", informou o delegado. E completou com uma declaração implacável: " Nós vamos encher mais, fora as prisões que vão ocorrer. Isso é um problema crônico e que vai se estender".
Fuga à vista?
O blog Central de Polícia obteve informações que nesta semana existiu um princípio de rebelião, quando um dos custodiados fingiu estar doente para ser medicado no hospital e arrancou de uma mesa do plantão um pedaço de ferro para fugir, mas foi contido por policiais civis do período da noite e que contaram com o apoio de policiais militares que chegaram por coincidência na hora do incidente. " Meu Deus, isso é um risco. Depois desta reforma, isso aquí vai virar um mini presídio e vai começar tudo de novo", disse irritado um policial civil. " Aquí não é lugar para preso, todo mundo sabe disso e nossos colegas correm grane risco quando entram na carceragem. Quem vai dar segurança para nossas vidas?", indagou para a nossa reportagem.
Por: Rivaldo Ramos e Denivaldo Costa
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