A jovem Bárbara Brás Pereira, de 20 anos, que foi vítima do incêndio em um prédio, na cidade de Feira de Santana, a cerca de 100 km de Salvador, foi enterrada na tarde desta quinta-feira (6), no município.
O caso ocorreu na madrugada da terça-feira (4) e provocou a morte de mais duas pessoas. Outras duas vítimas seguem internadas no Hospital Geral do Estado (HGE), em Salvador, com 100% do corpo queimado. Entre elas, a mãe de Bárbara, Neuciane Souza Brás.
O sepultamento de Bárbara foi realizado no Cemitério São Jorge, no bairro de Sobradinho. Dezenas de familiares e amigos da jovem compareceram à cerimônia e prestaram as últimas homenagens à vítima.
Emocionado, o pai de Bárbara, Mário dos Santos, contou que a filha tinha o sonho de ser médica.
"Ela sonhava e eu entrava no sonho dela, e eu confiava e sabia que se tornava realidade, porque a prova está aí. Ela fez o Enem agora e ficou entre os 50 [melhores colocados]. O sonho dela era ser médica e eu brincava com ela, não acreditava. Ela falava: 'Olha, meu pai, eu vou ser doutora. O senhor ainda vai me chamar de doutora Bárbara'. E eu não acreditava. Sempre incentivando, brincando, mas eu sabia que podia confiar e acreditar", disse o vigilante Mário dos Santos.
As outras duas pessoas mortas no incêndio foram identificadas como Emilia Lima Ferreira, de 50 anos, e Jessica Ferreira Barbosa, de 25 anos, que são mãe e filha. Elas chegaram a ser levadas para o HGE, mas não resistiram aos ferimentos. Uma delas morreu ainda na noite da terça-feira. A outra morreu nesta quinta.
O local do acidente ainda não passou por perícia, mas equipes do Corpo de Bombeiros estiveram no prédio na quarta-feira (5) e constataram situações que podem ter aumentado a gravidade do incêndio
Entre essas situações, a sub-tenente Carla Souza localizou extintores vazios e com prazo de validade vencido desde 2013. Além disso, duas motocicletas que estavam estacionadas na única saída do prédio também impediram que as vítimas deixassem o local com mais facilidade. Os veículos também acabaram incendiados.
O combustível das motos atingidas pelas chamas fez com que o fogo se espalhasse rapidamente, conforme os bombeiros. Depois do acidente, alguns blocos já colocaram avisos para que as motocicletas não sejam colocadas nas entradas dos prédios.
Informações: G1 Bahia
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