segunda-feira, 20 de agosto de 2018

‘Ligeirinho’ reclama da concorrência e apela para fiscalização da SMTT


O transporte clandestino é uma realidade nas cidades brasileiras e cada dia que passa os governos municipal e estadual vem perdendo terreno para esse meio de locomoção de passageiros, popularmente conhecido como ‘ligeirinho’. Não é preciso ser especialista em fiscalização para perceber a presença desse tipo de transporte em Feira de Santana. São veículos espalhados em pontos estratégicos onde há grande volume de passageiros e até abertamente são disputados aos gritos pelos condutores.

Boa parte dos que exploram esse transporte age de forma irresponsável e circula em desenfreada velocidade para se esquivar da fiscalização, sem respeitar outros condutores e leis de trânsito. Mas, atualmente, os ‘ligeirinhos’ não estão tendo o trabalho de fugir de prepostos da Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), segundo relato de um dos condutores, ao repórter Elias Lúcio, do Jornal Transamérica. Ele reclama da concorrência no transporte clandestino e chega a apelar pela fiscalização.

“Eu sou ligeirinho, sou clandestino, não tenho condições de trabalhar. Tive um acidente na perna e não posso pegar peso, então tenho meu carrinho dentro de casa e é a única forma que eu tive de trabalhar. Estou há 3 anos aí, rodando na linha. Já estava acostumado com a fiscalização, mas parece que a fiscalização deu um ‘gelo’, ninguém sabe que acontece alí, dentro daquela secretaria, porque os ligeirinhos estão esculhambando em Feira de Santana, em ponto de ônibus”, reclama.

Sem se identificar, o condutor de ligeirinho disse que percebeu a falta de fiscalização ao transporte clandestino há cerca de dois meses. Ainda de acordo com ele, não tem o que comemorar por causa da concorrência. “ A gente tava acostumado, como dizem eles – pega-pega, e alí, a gente tinha nossos ‘dribles’ e vivia desse jeito”, acrescentou.

Ainda de acordo com o clandestino, mesmo com a fiscalização da SMTT, ele conseguia fazer em torno de 10 corridas por dia e descontadas despesas de combustível e alimentação ficava com o lucro de R$ 70 a R$ 80. Sem a fiscalização e com a concorrência de outros ‘ligeirinhos’ as corridas caíram para 6 ou 7 por dia. “Até pra gente do clandestino, tá ruim a situação agora”, conclui.

Blog Central de Polícia, com informações de Elias Lúcio (Jornal Transamérica) e imagem ilustração/reprodução.



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