Com o término no Carnaval, cresce a preocupação das forças
policiais por conta de um fenômeno cada vez mais frequente: o acerto de contas
entre fornecedores e comerciantes de drogas. Em Feira de Santana, as Companhias
Independentes da Polícia Militar, já estão atentas para tentar inibir o número
de homicídios, segundo o tenente Monte Nero, da 67ª CIPM.
A explicação é que parte das drogas que seriam comercializadas
no carnaval foi apreendida durante ações das polícias e o fornecedor não fica
no prejuízo. Ele quer receber o valor, geralmente negociado para receber depois
que a droga é vendida, e a morte pode ser o preço para quem não cumprir com o
acordo. Também aumenta o número de assaltos praticados por quem precisa arrecadar para acertar as contas com o chefe do tráfico de drogas.
“De acordo com o mapa da violência, nós (Brasil) somos o
sétimo pais com o maior número de homicídios de jovens, de 18 a 25 anos de
idade, todos eles oriundos do tráfico de entorpecentes. Todos eles com armas de
fogo e a arma de fogo é um meio utilizado para ter a droga. Quando eles
utilizam drogas ou comercializam e não conseguem pagar de volta, o preço que
eles vão pagar é com a vida. O traficante, para não ficar desmoralizado, esse é
o melhor temo, ele vai cobrar e a forma dele cobrar a uma pessoa que não vai poder
pagar é matando essa pessoa”, revela Monte Nero.
O tenente informa que prevendo esse evento criminoso, a
Polícia Militar traça estratégias para continuar combatendo o tráfico de drogas
e diminuir o número de homicídios no município. “Nós já esperamos todo ano,
após o carnaval, que possa haver um possível aumento do número de homicídios.
Só que a gente vem se preparando há algum tempo, não só a 67 (CIPM), como as
outras Companhias de Feira de Santana, vem fazendo um trabalho de planejamento
estratégico, pra justamente, evitar que o CVLI (Crime Violento Letal
Intencional) venha aumentar na cidade”, informa.
De acordo com o militar, uma das dificuldades no combate ao
tráfico de drogas é o medo da comunidade, muitas vezes coagida pelos
criminosos. Um dos alvos constantes dos traficantes é o morador de residenciais
do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida. “A prova disso é que vários
condomínios do Minha Casa, Minha Vida de Feira de Santana, não só da área da
67, como em outras ares na Bahia como um todo, em vários rincões do Estado, as
pessoas são vitimadas, por mera cisma do traficante, e estão sendo expulsas das
casas e muitas dessas casas estão sendo utilizadas para guardar drogas e
veículos roubados”, conclui.
Blog Central de Polícia, com informações de Denivaldo Costa
e imagem ilustração.
Nenhum comentário:
Postar um comentário