As lembranças da madrugada de terror que viveu com os
filhos, quando o marido colocou fogo na própria casa onde vivia a família, em
Feira de Santana e matou cinco pessoas, ainda povoam a cabeça da dona de casa
Cristina de Jesus. Um ano após o crime, ela aguarda por uma cirurgia nas pernas
que pode ajudá-la a voltar a andar e relembra como sobreviveu à pior tragédia
da vida. "Minhas vidas foram embora. Não tem como esquecer nunca. Essa é
uma dor que nunca vai passar", diz.
O caso ocorreu em janeiro de 2017, no bairro Mangabeira. O
marido dela, Gilson Moura de Jesus, que está preso, aproveitou que os
familiares dormiam para colocar fogo no imóvel usando gasolina. O homem matou
três filhos, de 8, 9 e 13 anos, uma enteada de 16 anos, o bebê que ela esperava
e o outro filho dela, de um ano.
Após ser preso, Gilson relatou que pode ter tido um surto e
que, por isso, incendiou a casa. A polícia, no entanto, acredita que o crime
tenha sido premeditado. Segundo a polícia, o suspeito sempre teve muito ciúmes
da mulher e o casal tinha brigas frequentes.
Assim como Cristina, os vizinhos que presenciaram a tragédia
não conseguem esquecer a madrugada de terror. A agente de higienização Isabel
Cristina Almeida conta que ela e os vizinhos acordaram assustados na ocasião.
"Não dá para esquecer de jeito nenhum o que a gente
viu. A gente presenciou tudo. A gente viu as crianças queimadas, grudadas na
grade. Os vizinhos, todo mundo se juntou aqui para tentar salvar uma das
crianças, mas não deu porque o fogo já tinha se alastrado na casa",
destacou.
Além de Cristina, outra filha do casal, de 4 anos,
sobreviveu, mesmo com queimaduras graves. A casa onde o crime ocorreu permanece
do mesmo jeito. O que restou foram lembranças de uma tragédia que marcou com
muita dor o início do ano passado.
Cristina e a filha que sobreviveu ao ataque moram atualmente
em um cômodo no bairro Queimadinha. A mulher está com cicatrizes nas pernas e
nos braços e diz que sonha em voltar a andar. Está na fila, à espera de uma
cirurgia reparadora.
"O médico me botou numa lista de sequela e pediu que eu
voltasse agora em fevereiro para avaliar minhas pernas, porque da outra vez que
eu fui estavam muito inchadas. Tenho esperança de andar e sonho. Sonho todo dia
eu andando normal", destaca.
Outra filha de Cristina, Luciana Moura, de 16 anos, ajuda a
mãe a cuidar da casa atualmente. No dia da tragédia, Luciana por pouco também
não foi vítima. Ela tinha programado dormir na casa da mãe no dia do crime, mas
desistiu de última hora.
FONTE: G1, com imagens de arquivo e reprodução.
Essa história ja ta errada desde o começo, o casal eram incesto , Deus é maior
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