sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Pais apelam por regulação para bebê que precisa passar por cirurgias

O pedreiro Raimundo Gonçalves de Jesus Gomes e a esposa Marceles de Jesus Gomes, 30 anos, residentes no bairro do Tomba, fazem um apelo para conseguir a regulação do filho Miguel Rian de Jesus Gonçalves, que nasceu no dia 12 de dezembro do ano passado no Hospital da Mulher, em Feira de Santana.

A mãe contou que passou por exame pré-natal e não foi descoberto que ela tinha um parto de risco. Disse que a bolsa estourou em casa e quando procurou a unidade de saúde encontrou dificuldades para ser atendida, mas diante da intervenção de uma médica foi aceita. Ainda de acordo com ele, a médica fez o toque e descobriu que o cordão umbilical estava envolto no pescoço do bebê, sendo necessário o parto cesário.

Após o procedimento o quadro de saúde da criança se agravou e de acordo com o Hospital da Criança, desde o dia 12 do mês passado vem sendo feitos pedidos de regulação para o Hospital Estadual da Criança (HEC) ou outra unidade médica em Salvador.

“Eu me sinto incapaz, meu esposo desempregado, a gente esperando a melhora do governo, a melhora da saúde e cada dia que passa, piorando, a gente não recebe a ajuda de nenhum lugar”, lamentou a mãe. “A gente paga tanto imposto, a gente anda certo e tá acontecendo uma coisa dessa”, completou o pai.
Ela contou que ficou internada durante 15 dias após o parto por causa de complicações no processo de cicatrização do corte na barriga, tomando antibióticos e sem poder ver o filho. Segundo a dona de casa, a situação da criança no momento é estável, está sedada, mas o quadro está piorando. “ A gente que aguardar, tem que ter sangue de barata e engolir, e ficar esperando, até dizer assim: seu filho falaceu”, desabafou.

Falta de vagas
Segundo a presidente da Fundação Hospitalar de Feira de Santana, Gilbert Lucas, desde o nascimento da criança, o Hospital da Mulher vem tentando a regulação para o HEC ou uma unidade que disponha de vaga em Salvador. Ela explica que o caso da criança é grave e necessita de uma unidade de alta complexidade.
“A gente vem tentando diariamente a regulação. É uma criança que precisa passar por uma cirurgia, realizar também a traqueostomia e gastrotomia com urgência. Então, ele precisa ir para uma unidade de alta complexidade para fazer esses procedimentos e é uma criança grave e que precisa ser regulada com urgência”, informou Gilbert.

A presidente da Fundação Hospitalar informou ainda que o Hospital da Mulher se responsabiliza com a UTI Móvel para realizar a transferência assim que surgir uma vaga para o bebê. Segundo Gilbert, crianças chegam a ficar de 30 a 90 dias no Hospital da Mulher, à espera da regulação.

Blog Central de Polícia, com informações e fotos de Sotero Filho.

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