As investigações sobre a morte
da garotinha Gabrielly Gomes Santana, de 7 anos, foram retomadas pela Polícia
Civil de Feira de Santana. A informação foi passada pelo coordenador regional
de polícia, delegado Roberto Leal, ao repórter Sotero Filho, nesta quinta-feira
(11). A criança desapareceu na manhã do dia 21 de janeiro de 2017, enquanto
brincava na porta da casa da avó, no Residencial Solar da Princesa IV, bairro
Gabriela, em Feira de Santana. De acordo com a delegada Dorean dos Reis Soares,
na tarde do mesmo dia os pais da menina registraram queixa.
Após três meses do
desaparecimento de Gabrielly, a Polícia Civil informou que a criança foi
assassinada e teve o corpo queimado. A descoberta aconteceu após a realização
de exame de DNA em um crânio que foi encontrado no dia 14 de fevereiro do ano
passado ano próximo à Expansão do conjunto Feira IX.
Um suspeito chegou a ser
preso, mas foi liberado pouco tempo depois por falta de provas. Uma
força-tarefa foi montada pela 1ª Coorpin, mas já está próximo de completar um
ano e o crime não foi elucidado. Por esse motivo, o caso será reaberto e o
delegado Roberto Leal reconhece que existem dificuldades para descobrir a
motivação e autoria do crime.
“Gabrielly é um caso
enigmático. Primeiro porque são muitas circunstâncias que envolvem o crime, o
desaparecimento dela, aquele veículo que supostamente foi utilizado, depois
esse veículo nunca foi visualizado por nenhuma das testemunhas, então, tudo
isso a gente precisa reiniciar a investigação, na verdade, pegar tudo que já
foi feito, reiniciar como a gente tá fazendo agora, tentar ver algum elo desse
ritmo de investigação que porventura tenha passado despercebido ou mesmo um
fato novo que chegue ao conhecimento aqui da unidade, e a partir desse ponto a
gente conseguir elucidar o crime. Eu sei que é um crime que causa repercussão
na cidade de Feira de Santana, continua causando e é necessário que o poder
judiciário dê uma resposta. E isso a gente vai fazer, com certeza, no ano de
2018”, declarou Leal.
O delegado falou que os
testemunhos sobre o desaparecimento da criança não favoreceram o trabalho de
investigação da polícia e que novos depoimentos podem trazer à tona fatos que
podem ter passado despercebido. “Inúmeras linhas de investigação foram criadas,
infelizmente várias delas foram dificultadas, inclusive por falta de
conhecimento daquelas pessoas que estavam mais próximas da vítima, de passar
tudo de forma correta e acabaram dificultando um pouco. Alguns fatos
encontram-se obscuros, por exemplo: olhando os autos, a gente percebe
supostamente que um veículo adentrou e teria sido utilizado para o rapto da
vítima. Infelizmente a gente não conseguiu nenhum dado desse veículo. É preciso
que se identifique qualquer dado para a partir desse ponto a gente ter como
identificar. Identificar também todo o círculo de amizade que envolvia a família
de Gabrielly, pra saber se essas pessoas tinham alguma informação nova para
passar. De repente, uma pessoa dessas tem uma informação que ela não acha
relevante, um fato corriqueiro, mas que ela tenha visto alguma pessoa
conversando com a menor e esse fato pode ser o princípio primordial para que a
gente elucide o crime”, explicou.
Roberto Leal informou
ainda que deverão ser colhidos novos depoimentos e analisado todo o material de
inteligência que já foi produzido sobre o caso. De acordo com ele, a ideia é
aprofundar ainda mais nas investigações.
Sobre a intenção da
família que solicitou a exumação do crânio encontrado, o delegado declarou que
entende o desejo dos familiares de ver a menina com vida, mas garantiu que as
provas são irrefutáveis e que o exame de DNA comprovou que era da criança.
Relembre o caso
Blog Central de Polícia,
com informações de Sotero Filho, com imagem arquivo pessoal.
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