O desrespeito aos
trabalhadores da Uefs tem sido recorrente. Mais uma vez, com a suspensão dos
salários dos terceirizados da jardinagem e manutenção, que não receberam os
valores referentes a dezembro do ano passado e janeiro deste. Vale-transporte e
ticket-refeição só foram pagos até o último mês de 2016. Na quarta (8) e nesta
quinta-feira (9), os funcionários fizeram uma mobilização no pórtico da
instituição com o objetivo de chamar a atenção da comunidade acadêmica para o
grave problema que prejudica o cotidiano de centenas de famílias. A situação é
reflexo da redução orçamentária imposta pelo governo estadual.
O ato público começou às
7h30 e terminou pouco antes das 9h. Com cartazes, os trabalhadores denunciaram
o atraso nos pagamentos e exibiram faturas pessoais que não foram quitadas.
Também reclamaram que há dois anos não têm reajustes. Diariamente, nos turnos
matutino e vespertino, os terceirizados paralisam as atividades por duas horas.
“De 2015 até então, o
número de terceirizados foi reduzido, o que desempregou muitos pais e mães de
família e, por outro lado, sobrecarregou com mais tarefas quem ficou na
instituição. Como o atraso no pagamento é sempre uma constante, fui forçado a
tirar meu filho de uma escolinha particular para matricular na rede pública”,
lamentou M. A. A.
A previsão da
administração da Uefs é que os profissionais da equipe de jardinagem e
manutenção recebam os proventos até a próxima semana, assim que efetuado o
pagamento às empresas responsáveis pela terceirização do serviço. O salário
referente a janeiro dos trabalhadores da vigilância, limpeza, telefonia e das
merendeiras, que deveria entrar na conta bancária este mês, também segue
suspenso.
Segundo a administração
da Uefs, que tenta, a duras penas, contornar a crise orçamentária causada com a
redução dos recursos destinados pelo governo, “os atrasos são decorrentes de
dificuldades enfrentadas com mudanças nos trâmites de processos administrativos
da administração pública estadual e restrições orçamentárias ocorridas no
exercício de 2016”.
Ascom/Adufs
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