quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Sindicato de policiais civis não aceita que presos fiquem no Complexo do Sobradinho

A julgar pelo comportamento do governo do estado em relação à questão carcerária, o fechamento do Conjunto Penal com a consequente “guarda” dos novos presos no Complexo de Delegacias do Sobradinho, fará com que esta situação provisória se torne definitiva. Não será assim, no entanto, no que depender do sindicato dos policiais civis.

“Não vamos de forma alguma tomar conta de preso. Infringe a nossa missão dentro da polícia”, afirma Joseval Costa, que preside o sindicato. Ele está  marcando reunião com os membros da categoria que trabalham no Complexo e estuda que medidas adotar, sem  excluir a possibilidade de uma paralisação das atividades no Sobradinho.

“Tivemos um embate em toda a Bahia há três ou quatro anos contra a permanência de presos nas delegacias, diante de problemas que houve, entre eles uma rebelião em Feira de Santana, em  que um investigador de polícia foi atingido por disparo de  arma de fogo. “Demos apoio ao colega, por outros colegas e pelo sindicato. Não tivemos o apoio do estado. Hoje ele está com sequelas”, declarou Joseval em  entrevista à rádio Jovem Pan.

O sindicalista assegura que os policiais civis não podem assumir o papel de carcereiros nas celas do complexo. “Não somos preparados para isso. Somos preparados para investigar e apontar autoria de uma prática criminosa”, define.

“Outra coisa também que é perigosa, não temos estrutura. No presídio tem acompanhamento psicológico, tem visita. É  uma logística. A delegacia de polícia não é preparada para isso”, acrescenta.

Fonte: Glauco Wanderley, Tribuna Feirense.



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