A julgar pelo
comportamento do governo do estado em relação à questão carcerária, o
fechamento do Conjunto Penal com a consequente “guarda” dos novos presos no
Complexo de Delegacias do Sobradinho, fará com que esta situação provisória se
torne definitiva. Não será assim, no entanto, no que depender do sindicato dos
policiais civis.
“Não vamos de forma
alguma tomar conta de preso. Infringe a nossa missão dentro da polícia”, afirma
Joseval Costa, que preside o sindicato. Ele está marcando reunião com os
membros da categoria que trabalham no Complexo e estuda que medidas adotar,
sem excluir a possibilidade de uma paralisação das atividades no
Sobradinho.
“Tivemos um embate em
toda a Bahia há três ou quatro anos contra a permanência de presos nas
delegacias, diante de problemas que houve, entre eles uma rebelião em Feira de
Santana, em que um investigador de polícia foi atingido por disparo
de arma de fogo. “Demos apoio ao colega, por outros colegas e pelo
sindicato. Não tivemos o apoio do estado. Hoje ele está com sequelas”, declarou
Joseval em entrevista à rádio Jovem Pan.
O sindicalista assegura
que os policiais civis não podem assumir o papel de carcereiros nas celas do
complexo. “Não somos preparados para isso. Somos preparados para investigar e
apontar autoria de uma prática criminosa”, define.
“Outra coisa também que é
perigosa, não temos estrutura. No presídio tem acompanhamento psicológico, tem
visita. É uma logística. A delegacia de polícia não é preparada para
isso”, acrescenta.
Fonte: Glauco Wanderley, Tribuna Feirense.
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