Os manifestantes saíram de uma das principais avenidas de
Feira de Santana e foram em direção ao shopping, onde pararam para cobrar
Justiça.
O policial militar Miguel Ângelo Almeida de Assis, 39 anos,
se apresentou à Polícia Civil na quarta-feira (3) e, de acordo com o
delegado João Uzzum, titular da 1ª Coordenadoria de Polícia do Interior
(Coorpin), alegou que deu um soco no rapaz após ser chamado de 'macaco' pela
vítima, durante uma discussão no centro de compras. O webdesigner está
internado em estado grave na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital
Geral Clériston Andrade com traumatismo craniano e traumas no tórax.
"Ele [o PM] foi reconhecido por uma testemunha como
sendo o autor da agressão. Além disso, imagens de câmeras de segurança às quais
a polícia teve acesso também levaram a ele. O PM, que é negro, confessou a
agressão, alega ter havido uma discussão e diz que o rapaz chamou ele de
macaco. Ele afirma que, por conta da ofensa, ficou nervoso e deu um soco na
vítima", disse o delegado, em contato com o G1.
Ao contrário do que o pai da vítima relatou na denúncia, de
que o filho teria sido agredido por dois seguranças do shopping, o PM afirmou
no depoimento que não trabalha no estabelecimento comercial. O policial, que
atua na corporação em Feira de Santana há oito anos, destacou que tinha
ido ao shopping para assistir a um filme no cinema com um amigo quando foi
xingado pelo webdesigner. O amigo do PM, segundo a polícia, não teria se
envolvido na discussão, mas será chamado para prestar depoimento.
"Ele [o PM] alega que não é segurança do shopping, mas
tudo indica que se trata de um segurança clandestino. E foi apenas ele quem
agrediu. Não houve um segundo agressor. Isso fica claro nas imagens analisadas
pela polícia. Um segurança do shopping estava também na situação, mas somente
ele [o PM] agrediu. As testemunhas também dizem o mesmo", destacou Uzzum.
O PM disse que deu apenas um soco no rapaz e que deixou o
local logo após a agressão, mas a polícia ainda investiga porque a vítima, além
de traumatismo craniano, tambem apresenta traumas no tórax.
"Será encaminhado um ofício ao Departamento de Polícia
Técnica para que seja feita perícia de corpo de delito nesse rapaz, para que a
gente possa verificar se de fato somente o soco ocorreu e se ele [a vítima] sofreu
os traumas no tórax ao cair", destacou a delegada Ludmilla Vilas Boas, que
tamb
Ainda conforme a Polícia Civil, o PM foi liberado após o
depoimento nesta quarta por ter se apresentado espontaneamente. "Ele
também tem emprego fixo e, por isso, não vejo elementos para pedir a prisão
preventiva dele. O inquérito vai tramitar de maneira regular e nós temos prazo
de 30 dias para remeter à Justiça", afirmou o delegado João Uzzum.
Do G1, BA.
Nenhum comentário:
Postar um comentário