Neste dia 18 de maio é
comemorado o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, movimento ligado à Reforma
Sanitária Brasileira. Como processo decorrente este movimento existe a Reforma
Psiquiátrica, definida pela Lei 10216 de 2001 (Lei Paulo Delgado), que dispõe
da reformulação do modelo de Atenção à Saúde Mental, transferindo o foco o
tratamento que se concentrava na instituição hospital, para uma Rede de Atenção
Psicossocial, desenvolvida pelos CAPs – Centro de Atenção Psicossocial. Também
se busca o resgate dos pacientes ao seio da família. O propósito Lei Paulo
Delgado, é a extinção progressiva dos manicômios.
Em Feira de Santana, esse
processo de desinstitucionalização já vem ocorrendo no Hospital Especializado
Lopes Rodrigues (HELR), também conhecido como Hospital Colônia, conforme dados
da diretora da instituição, Irací Leite.
Segundo ela, de 2013 até este
ano, 87 moradores da instituição psiquiátrica já foram desinstitucionalizados;
ou seja, transferidos para os CAPs ou para as famílias. “Parece um número
pequeno, mas é um número grande. Foram reintegrados para as famílias ou para
residências terapêuticas. Essas residências tem em Salvador, Feira, e a
inauguração de outras residências favoreceu a ida para outros municípios, a
exemplo de Coração de Maria, Iaçu, Euclides da Cunha, Araci, e recentemente,
nós levamos 8 moradores para uma residência terapêutica no município de
Itapetinga”, informa a diretora do HELR.
Iraci Leite explica que a
proposta da reforma psiquiátrica é reduzir gradativamente o número de
moradores, hoje estimado em 106, e que o hospital tem um atendimento 24 horas
para pacientes em crise. “Ele é acolhido, proveniente de Feira de Santana e
outros municípios, trazidos pelas famílias, SAMU ou polícia; atendemos e depois
da avaliação da equipe ele é liberado ou fica em observação e fica internado
por um curto período”.
Questionada sobre a
impossibilidade de idosos que tem parentes com transtornos e violentos, Iraci
Leite, que eles devem passar pelos CAPs, pois atendendo a nova determinação, o
hospital só recebe o paciente que está em crise, exceto idoso, criança e adolescente.
O hospital também não atende pacientes viciados em drogas ou álcool.
A diretora do HELR explicou
ainda que todo morador que sai do HELR passa por um trabalho minucioso, para
que seja acolhido pela família ou residência terapêutica.
Com relação a fuga de internos
ela informou que ainda existe, mas tem diminuído com o trabalho da segurança e
a instalação de câmeras em algumas áreas. E quando ocorre a fuga, segundo ela,
é aberta sindicância para apurar como aconteceu o fato.
Blog Central de Polícia, com
informações de Denivaldo Costa.
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