sexta-feira, 4 de março de 2016

Secretário de Prevenção à Violência critica falta de interesse de delegados em conhecer a Central de Videomonitoramento

Em entrevista concedida ao repórter Denivaldo Costa (rádio Subaé), o secretário municipal de Prevenção à Violência de Feira de Santana (Seprev), Mauro Morais, deu detalhes sobre o funcionamento da Central de Vídeomonitoramento no município e explicou que o equipamento deverá passar por um processo de modernização, pois desde que foi instalado apresentava problema como queda de energia e o sistema leva tempo para ser reiniciado.
Sobre os crimes cometidos na área central da cidade, o secretário declarou que na maioria das vezes, o fato ocorre em áreas onde não há câmeras instaladas, ou são cometidos no momento em que o equipamento está girando. “Como ela (câmera) fica girando, num giro de 360 graus e demora alguns segundos ou até um minuto para fazer o giro completo, pode ser que aconteça o crime, e o crime é um evento rapidíssimo, pode ser que a câmera não acompanhe”.

Crimes no Centro
Questionado sobre a falta de elucidação de crimes cometidos em áreas com videomonitoramento no centro da cidade, o secretário criticou a falta interesse de delegados em conhecer de perto como o sistema funciona e como pode ser aproveitado pela polícia. “Se algum delegado nega, eu sou delegado de polícia, agora o que nós temos é que existe pouco caso da Polícia Civil. Eu conversei isso com o doutor Uzzum (delegado regional) em acompanhar o que acontece no videomonitoramento. A Polícia Civil até hoje, nunca deslocou, disponibilizou um policial civil para trabalhar na central de videomonitoramento. Nós trabalhamos com a Polícia Militar e com a Guarda Municipal. Agora, o delegado me perdoe, eu sou delegado de polícia e posso falar com muita propriedade; se ele não se interessa em saber como funciona, não sei quantos delegados tem hoje em Feira de Santana, mas 70 a 80% dos delegados nunca vieram para ver nada”, disse Morais, frisando que o órgão já foi visitado pelo coordenador regional de Polícia Civil, João Rodrigo Uzzum, pelo titular da Delegacia de Furtos e Roubos (DRFR), André Ribeiro, e também pelo ex-titular da Delegacia de Humildes, Laércio dos Santos. Citou também a visita do coordenador do Departamento de Polícia Técnica (DPT), Renato Lacerda.
Disponibilização das imagens
Sobre a disponibilização das imagens captadas, Mauro Morais, informa que tudo que é gravado pode ser utilizado pela polícia e citou um episódio em tempo real que serviu para a atuação da Polícia Militar. Segundo ele, um cidadão foi assaltado no centro e os bandidos tomaram sua picape S10 e quando a PM fez o contato, os plantonistas da central de monitoramento começaram a fazer o acompanhamento das possibilidades de fuga e os assaltantes foram presos nas imediações do viaduto Portal do Sertão, na saída Feira-Salvador.
Falta de interesse e preguiça
Novamente questionado se não era falta de efetivo para a Polícia Civil disponibilizar policiais para acompanhar o trabalho da central de videomonitoramento, o secretário de Prevenção à Violência foi incisivo em considerar falta de interesse e preguiça. “Acho que é desinteresse mesmo, do delegado que diz que não tem imagem; ele não sabe nem onde tem câmera instalada, porque nunca se interessaram em saber operar e se preocupar na utilização dessa ferramenta”, criticou.

O secretário também frisou que a Polícia Civil sequer participa de reuniões do Gabinete de Gestão Integrada, para oferecer sugestões. Ainda assim, segundo ele, a secretaria colabora com o envio de imagens. “Quando obtemos imagens, às vezes antes do pessoal saber que tem imagem, nós capturamos, já preparamos o DVD e ligamos em muitas oportunidades para informar que temos imagens daquele fato; agora é preciso que as pessoas entendam que o videomonitoramento é algo que as pessoas tem que aprender a utilizar, não é somente: ‘manda uma imagem pra mim’; isso é coisa de preguiçoso”, concluiu Morais.

Blog Central de Polícia, com informações do programa Ronda Policial e imagens reprodução.

3 comentários:

  1. Até eu que sou leigo sei que este sistema de videomonitoramento só tem nome, eficiência que é bom já era. Senhor secretário coloca a sua guarda municipal nas ruas pra ajudar as policias, que o senhor vai ter mais resultados

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  2. Video monitoramento dia desse na TV falou que tava servindo para vigiar foi mosquito da Dengue isso piada ne

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  3. E quem paga essa conta e o contribuinte que não é nem consultado como gastar o dinheiro arrecadado.

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