sábado, 13 de fevereiro de 2016

Seminário vai debater manifestação religiosa e Lei do Silêncio

Vizinhos de terreiros e templos reclamam do som alto e de manifestações religiosas em horários que consideram impróprio.

A adequação das manifestações religiosas à Lei do Silêncio será debatida em evento a ser realizado provavelmente em maio pela Secretaria de Meio Ambiente e com a participação de lideranças de igrejas cristãs e de matriz africana de Feira de Santana. Vizinhos de terreiros e templos reclamam do som alto e de manifestações religiosas em horários que consideram impróprios, na madrugada, por exemplo, que constitui poluição sonora.

Nesta quinta-feira, 11, o secretário Roberto Tourinho considerou proveitoso o encontro com lideranças da religião de matriz africana e lembrou que templos cristãos foram fiscalizados e orientados a isolaram seus espaços acusticamente. “Mas este será um trabalho de conscientização e de orientação de ambas as partes (líderes dos terreiros e vizinhos)”.
Ele reconhece que a estrutura de um terreiro impede que se faça o isolamento, mas todos devem estar cientes que devem respeitar a lei que define o volume do som. “O que se pretende é que haja a adequação de todos os espaços”. Em Feira de Santana 105 terreiros são filiados à Fenacab (Federação Nacional dos Cultos Afrobrasileiros). Mas há informação de que a cidade seja sede de mais de 1,8 mil terreiros.

A presidente Conselho Municipal de Participação e Desenvolvimento de Comunidades Negras, Lourdes Santana, lembra que o toque dos atabaques é mais do que um traço cultural nas religiões de matriz africana. “Faz parte da manifestação religiosa porque o seu toque evoca os espíritos”. Para ela, deve haver um trabalho de conscientização entre as partes. “Em hipótese alguma a gente quer aborrecer os vizinhos dos nossos terreiros”.

Para o sacerdote Aristides Maltez Lopes Júnior, o tema a ser discutido é importante e prega um trabalho de conscientização, tanto nas casas de santo e adeptos da sua religião como os moradores próximos do terreiro. “Não se tem necessidade de varar a madrugada no ritual”.

Também participou do evento o chefe da Divisão de Promoção da Igualdade Racial, Geovanny Ferreira – o órgão é da estrutura da Secretaria de Desenvolvimento Social.

As informações são da Secom

Um comentário:

  1. E quando eles passam a noite toda batendo tambor e não deixa ninguém durme aí não incomoda né.

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