"Nós afastamos dois, sendo que um deles confirmou
que uma das vozes no áudio era dele. Em face disso, afastamos e vamos
encaminhar o processo para a polícia investigar o caso", afirma o
secretário. Os áudios citados são registros do aplicativo WhatsApp,
usado para toda a negociação criminosa. O esquema foi divulgado no meio
da semana. Nas mensagens, os suspeitos são ouvidos cobrando a propina,
que variava de R$ 50 a R$ 120 por semana, e reclamando de atrasos nos
pagamentos.
Os suspeitos trabalhavam justamente no combate aos
"ligeirinhos", transporte irregular comum em Feira de Santana. Eles
cobravam o valor para não fiscalizar os motoristas.
Nas conversas
registradas, um dos supostos fiscais chega a ameaçar."Pessoal, volto a
falar. O dia de pagar é sábado. Tem gente que não pagou ainda. Então,
até oito e meia eu estou esperando, mas se não chegar vou começar
cortar", diz.O secretário diz que a investigação continua. "No momento,
os que apareceram nos registros foram esses dois. Mas vamos acompanhar
com a polícia e continuar combatendo irregularidades", afirma.
Em coletiva na quarta-feira (9), o secretário
apresentou os áudios e textos comprometedores. Ele disse que esse ano a
secretaria constatou que mototaxistas estavam seguindo o roteiro da
equipe de fiscalização para repassar aos colegas clandestinos. Em nota, a
secretaria diz que a equipe de fiscais tem sido substituída com
"bastante frequência". "Há dois meses nós trocamos praticamente 90% da
equipe da fiscalização", afirmou Ebenezer.
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