Em quase um ano e meio, várias mulheres, quase todas
acompanhadas pelos filhos pequenos, passaram uma temporada na Casa Abrigo
Sapho, mantida pela Prefeitura de Feira de Santana para abrigar aquelas que
estão em risco eminente de morte – as ameaças e agressões são feitas pelos
maridos, companheiros ou namorados. Quem tem histórico de agressões familiar.
Por segurança a casa, servidores e as mulheres não podem ser fotografadas.
Temem ações violentas dos homens acusados de violência doméstica.
Elas – dez em um ano e meio, passam até 120 dias na Casa
Abrigo, para onde são encaminhadas pelo Centro de Referência da Mulher Maria
Quitéria, mais a DEAM (Delegacia de Atendimento à Mulher). O trabalho é feito
na perspectiva de que os laços familiares não sejam afetados. Neste período,
busca-se, na Justiça, medidas protetivas para afastar os agressores delas, como
separação ou que os obriguem a deixar a casa para a mulher e filhos, quando for
o caso. “A violência acomete a família toda”, diz a coordenadora da instituição.
“Mas nem sempre o agressor sai da casa”.
“Chegam ao local emocionalmente abaladas devido à
violência sofrida nas suas casas”, conta a coordenadora. A busca da superação
deste problema é realizada com a participação de uma psicóloga. Depois do
período de estadia, a maioria das mulheres é encaminhada para suas cidades de
origem. Ela ainda disse que não tem informações sobre casos de reatamento do
casamento.
No período em que ficam na instituição são preparadas
para o mercado de trabalho e, caso não sejam, os profissionais buscam
inseri-las no NIS (Número de Inscrição Social), porta de entrada dos benefícios
sociais do governo federal – como Bolsa-família e o Programa Minha Casa Minha
Vida, mais as contas sociais de energia elétrica e de água, entre outros.
Reorganizar suas vidas.
A Casa Abrigo Sapho e o Centro de Referência da Mulher
Maria Quitéria são órgãos da Secretaria de Desenvolvimento Social. A unidade
não recebe os casos de reincidência.
Fonte: Secom, com imagem ilustração.
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