Na sessão ordinária da Casa da Cidadania, desta
terça-feira (18), familiares e amigos do comerciante Fernando Silva da
Purificação, 45 anos, que foi executado com vários tiros, em Feira de Santana,
pediram ajuda aos vereadores para que o acusado do crime, Adairton de Jesus
Santos, seja mantido preso no Conjunto Penal. Relembre o crime: http://centraldepoliciafsa.blogspot.com.br/2012/03/chega-100-numero-de-homicidios-em-feira.html
De acordo com os manifestantes, Fernando, que morava em
Pé de Serra, no distrito de Maria Quitéria, foi assassinado no dia 5 de
março de 2012, na rua Bernardino Carvalho, no conjunto Feira IV, próximo ao
Condomínio Vila Olímpia. Eles informaram também que Adairton
conseguiu a prisão domiciliar e está ameaçando familiares da vítima e
testemunhas que depõem contra ele na Justiça.
A sobrinha do comerciante, Michele Machado da Purificação
usou, por 10 minutos, o microfone da Câmara, para relatar os fatos e
pedir apoio. “Meu tio era um trabalhador justo e honesto. Ele era muito querido
em todo o distrito e, por causa de inveja, foi morto por aquele homem. Ele é
prestador de serviço da Petrobras e, enquanto estava no presídio, ocupava uma
sela especial e depois conseguiu a prisão domiciliar, através de um laudo
médico sem data, que consta que ele está sofrendo de insônia, hipertensão e
necessita de fisioterapia da próstata”, afirmou.
Michele não se conforma com a situação e acredita que
Adairton goza de privilégios, que não condizem com a lei. “Não somos leigos e
sabemos que os problemas de saúde que ele foi acometido não são tão graves para
que consiga uma prisão domiciliar. Ele realizou um procedimento cirúrgico
simples na próstata. Quero que uma junta médica avalie o relatório médico feita
pela doutora Felícia Fernandes de Araújo, que nem data tem. Quem está sofrendo
com insônia e hipertensão é minha família, que não consegue dormir assustada
com as ameaças que ele faz”, disse.
A sobrinha da vítima contou ainda que o acusado está
ameaçando as testemunhas que deveriam prestar esclarecimentos sobre o crime em
audiências, prejudicando o andamento do processo.
“Este homem, que diz ser rico e poderoso, está tirando a
paz da minha família. Todos estão sofrendo com as ameaças feitas por ele.
A Justiça vem sendo feita a passos de tartaruga, as testemunhas estão sendo
ameaçadas e estão com medo de ir ao Fórum depor. Ele matou meu tio,
porque não conseguiu quebrar o comércio dele. Quando passamos isso para
os juízes e promotores, eles dizem que não têm o que fazer. Será preciso mais
uma pessoa morrer para ele ser condenado? Ele é acusado de outro crime na
localidade de Quartos e o processo foi arquivado”, ressaltou Michele.
Ela pediu aos edis que compreendessem o
sofrimento que vem passando. “Estamos clamando por Justiça e pedimos o
apoio de vocês. Peço aos senhores vereadores que nos dêem ajuda e apoio neste
momento. Esse homem, por ter poder, está manipulando a Justiça a seu favor”,
disse, reiterando que há risco de alguém da família ou testemunha pode ser
assassinado, caso a Justiça não prevaleça.
Após ouvir o clamor da família e dos amigos, o presidente
do Legislativo Feirense, vereador Justiniano França (DEM), pediu à
Comissão de Direitos Humanos da Casa, presidida pelo vereador Marcos Lima
(PRP), que obtivesse mais informações sobre o caso e acompanhasse o andamento
do processo, mantendo os demais vereadores sempre informados.
“O que podemos fazer é nos colocar à disposição e
acompanhar o andamento do processo. Peço ao vereador que converse com a família
e veja em que a Casa pode ajudar. Deus abençoe e proteja a família de vocês.
Também esperamos que a Justiça seja feita. Compreendo que estão aqui fazendo um
papel que não é de vocês, que é fazer Justiça e buscar a condenação do
culpado”, solidarizou-se o presidente.
Informações da Ascom e fotos De Olho na Cidade e Roberta Costa.
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