quinta-feira, 31 de julho de 2014

Polícia elucida assassinato de empresário e continua investigando esquema de venda ilegal de terrenos e grupo de extermínio na cidade; força tarefa contará com apoio do GAECO

O coordenador regional de polícia da 1ª Coorpin, delegado Ricardo Brito, acompanhado por delegados da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Feira de Santana realizaram uma coletiva na manhã desta quinta-feira (31) para passar mais informações sobre as investigações que elucidaram o assassinato do empresário do ramo imobiliário Gil Marques Porto Neto. Os delegados também falaram sobre a existência de um grupo de extermínio no município.

Os delegados confirmaram que o ex-agente penitenciário Gregório Santos Teles é o mentor e executou o empresário no dia 21 de maio deste ano, quando a vítima parou seu carro em uma sinaleira localizada no Largo São Francisco, bairro Kalilândia.

Segundo a polícia, a morte de Gil Porto Neto foi provocada depois de uma discussão entre a vítima e o acusado, Gregório Teles, que teria invadido e vendido um terreno negociado anteriormente pelo corretor com uma clínica da cidade.  A polícia informou ainda que os donos da clínica entraram em contato com Gil, comunicando que havia uma placa de venda no terreno. O corretor foi verificar e encontrou um número de telefone na placa e ao entrar em contato com Gregório, discutiram. Após esse episódio, o empresário foi assassinado.

“Após a morte do empresário, começamos a investigar e conseguimos identificar que Gil vendeu um terreno em 2011 localizado na avenida Nóide Cerqueira e este mesmo terreno foi vendido por Gregório no final de 2013, com uma escritura falsa. Passamos a monitorá-lo e todas as pessoas envolvidas com ele”, afirmou o delegado.

A delegada Dorean Soares informou durante a coletiva que Gregório é um grande ‘grileiro’ em Feira de Santana e que faz parte de um grupo de extermínio. Sobre a escritura encontrada na residência do acusado, a delegada explicou que é falsa e que trata-se apenas de um documento sem validade.

“O documento não foi registrado. Foi uma escritura de cessão de posse. Não é uma escritura pública de compra e venda. Nós vamos apurar também se o cartório tem participação, porque eles podem falsificar. Há extratos de IPTU pagos e nós sabemos que a quadrilha também falsificava o pagamento do IPTU e outras taxas. A escritura foi encontrada dentro do guarda-roupa, na casa de Gregório. Ele é o grande grileiro de Feira de Santana e é o líder dessa quadrilha. Além disso, ele também faz parte de um grupo de extermínio, que tem o envolvimento dos policiais militares presos e de outras pessoas da comunidade”, afirmou Dorean.

ESQUEMA PARA VENDA DE TERRENOS

Segundo a polícia civil, existe um esquema de invasão de terrenos em Feira de Santana e que outras pessoas estão sendo investigadas. Um dos terrenos, foi o localizado na rua Palmares, próximo à avenida Nóide Cerqueira, que culminou na morte do empresário Gil Porto Neto.

“A quadrilha identifica o terreno que pode ser da prefeitura ou particular, invade e cerca a área; depois espera cerca de cinco a dez dias e se os donos não aparecerem eles levantam o muro”, disse a delegada.

O coordenador regional de polícia, Ricardo Brito, solicitou que qualquer pessoa que esteja sendo extorquida na venda ilegal de terreno, deve procurar a 1ª Coorpin e denunciar o grupo.

GRUPO DE EXTERMÍNIO

Os delegados também informaram que as investigações com relação a existência de um grupo de extermínio, e que a polícia vai contar com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais – GAECO criado pelo Ministério Público com o objetivo de identificar e reprimir as Organizações Criminosas.

Um dos suspeitos, o policial militar Eudson Cerqueira Carvalho, se apresentou nesta quinta-feira. "Surpresa sempre causa, mas a lei tem que ser feita", declarou a delegada, ao ser questionada sobre a prisão de policiais.

Blog Central de Polícia, com informações de Denivaldo Costa e Carlos Valadares.

2 comentários:

  1. Essa equipe de Delegados que hoje atuam em Feira de Santana é muito boa...Mas, como é a vida. Um cidadão que já trabalhou dentro do presidio como servidor do povo, agora vai experimentar o outro lado da moeda.

    ResponderExcluir
  2. Vamos esperar que seja elucidada a morte do Guarda Municipal !!! Será que está tendo o mesmo interesse deste caso ?

    ResponderExcluir