Após doze anos do assassinato do
odontólogo José Sobreira Filho, 39 anos, ocorrido no dia 10 de janeiro de 2002,
a Justiça da Bahia marcou para o dia 30 de abril próximo, o julgamento do
engenheiro agrônomo Mário Murici Santos, acusado de matar o genro com dois
tiros, no apartamento onde a vítima morava.
Apesar do crime ter acontecido em Feira
de Santana, a Justiça aceitou o pedido de desaforamento feito pela defesa do
acusado e o julgamento acontecerá às 8h no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador.
Um dos motívos alegados pela defesa, para que o julgamento ocorra em outra comarca é que o crime teve grande repercussão na cidade, tendo sido publicadas várias reportagens sobre o caso, provocando dúvidas a respeito da imparcialidade do corpo de jurados.
Um dos motívos alegados pela defesa, para que o julgamento ocorra em outra comarca é que o crime teve grande repercussão na cidade, tendo sido publicadas várias reportagens sobre o caso, provocando dúvidas a respeito da imparcialidade do corpo de jurados.
O CRIME
De acordo com denúncia apresentada pelo
Ministério Público (MP), no dia 10 de janeiro de 2002, por volta das 7 horas da
manhã, o agrônomo Márcio Murici, armado com um revólver calibre 38, teve acesso
ao apartamento na Clínica Sobreira, situada na rua Georgina Erisman, onde o
odontólogo José Sobreira Filho, dormia, e deflagrou três disparos contra
Sobreira.
Dois dos disparos atingiram o genro do
acusado, na cabeça e nas costas. José Sobreira era casado com Márcia Veiga
Murici Sobreira, filha do denunciado. Depois do crime, Mário Murici
fugiu do local.
Segundo informações contidas nos autos do processo, o casal estava prestes a iniciar um processo de separação judicial litigiosa, motivo que estaria provocando divergências a respeito da divisão dos bens comuns.
O Ministério Público concluiu que Mário Murici Santos teria praticado homicídio por motivo torpe, visando tão somente impedir que a filha, Márcia Veiga Murici Sobreira viesse a sofrer prejuízos financeiros na separação judicial.
Em seu depoimento, Márcio Murici disse que no dia do crime, após entrar no quarto de Sobreira, certificou se existia arma com a vítima. Ele conta que primeiro procurou em cima da cama.
Ao abaixar-se para olhar debaixo da cama foi surpreendido pelo odontólogo, que teria feito um gesto brusco. Ele se assustou com o movimento e teria disparado contra o genro José Sobreira Filho.
Redação do Blog Central de Polícia, com informações de Berinaldo Cazumbá e Denivaldo Costa e FS Online.
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