Com uma estrutura completamente desorganizada, sem comando ou com muitos
comandos, todos voltados para interesses diversos e controversos, o
Departamento de Trânsito da Bahia, o Detran, se transformou numa casa da
mãe Joana. Com menos casa e mais joanas. Um cabide de emprego com requintes que
antes tinha, tradicionalmente, em seu comando oficiais da Polícia Militar ou do
Corpo de Bombeiros. Hoje, está entregue a um capitão. Para ocupar o cargo foi
promovido (politicamente) a major, posto onde o que mesmo vale é a sua “patente
política”. Pouco manda ou não manda nada. Cumpre ordens sempre, de forma
escorregadia. De resto, fez carreira na área civil, do tipo “colocado à
disposição” e pouquíssimo tempo frequentou quartéis. É, disparadamente, o pior
setor do governo Wagner. De tal maneira é que o Detran se transformou
numa estrutura marcada pela bagunça, comandada à distância por um deputado
estadual. Para se ter uma ideia, integra a Ouvidoria, cargo que deveria ser
importante na organização, uma “afilhada” política que ficou deslocada no
cargo. Para ficar mais perto dos seus interesses deveria ter sido nomeada para
a Assembleia Legislativa. Um luxo só. Há associações internas requintadamente
organizadas. Com interesses específicos, enquanto o diretor anda continuamente
em reuniões, a maioria inexistente, e assim vai, ladeira abaixo, o Departamento
de Trânsito carregando seus cabides e grupos que disputam a partilha, ou o
botim, entre eles. É espantoso. Wagner queria um civil para o comando, por ter
detectado problemas complicados na autarquia. Mas cedeu a um pseudo militar, de
sorte a contentar um político integrante da Assembleia Legislativa. O caso dos
“negócios”, que por lá acontecem, e o da ouvidoria, arrepiam. Mas tem mais,
muito mais.
Por: Samuel Celestino (Bahia Notícias)
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