sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Morrer custa caro : Dono de funerária revela o preço da morte

No dia 2 de novembro último foi cultuado em todo o Brasil o Dia de Finados, e em Feira de Santana com mais de 300 mortes violentas já registradas neste ano, além de outras ligadas a acidentes de trânsito ou causas naturais o numero é bastante elevado.Sobre esse tema que muita gente não gosta de falar, o repórter Denivaldo Costa entrevistou o ex-taxista e hoje proprietário da uma empresa funerária Pax Santa Fé, Gevacy Nunes(foto). Ele afirmou que morrer custa caro.Nunes disse que passou pela funerária Última Homenagem, no município e despertou para seguir com a revenda de caixões em Feira e na região. ‘’Eu acho que morrer custa caro, pois entendo que quando se perde o maior patrimônio que Deus te deu, que é vida não tem preço. ’’PREÇOS

O comerciante informou que algumas pessoas vida exigem que sejam enterradas em cova rasa,outras em gavetas. Em relação de valores básicos como os cobrados pelo cemitério São Jorge, a cova rasa custa cerca de R$ 250 e a gaveta R$ 270,00. Vale salientar que os cemitérios de luxo têm preços diferenciados como o preço da sepultura que pode chegar a R$ 1 mil, ou mais.As famílias costumavam velar os parentes em casa, mas com o passar do tempo realizam o ato fúnebre em centro de velórios, com preço que chegar a R$ 200, segundo pesquisa realizada pela reportagem em outras funerárias

URNAS FUNERÁRIAS

O valor de um caixão varia entre R$ 300 para o mais simples, enquanto o de luxo pode chegar a R$ 10 mil.
A colocação de formol no corpo custa entre R$ 80 e R$ 100. Uma sepultura em cemitério nobre pode chegar a R$ 800, já em outros cemitério uma cova rasa pode custar R$ 350, enquanto a gaveta fica em torno de R$ 500. E para completar, a ornamentação pode chegar a R$ 200.

COMPRAR CAIXÃO ANTES DE MORRER

Gevacy contou para a nossa reportagem que algumas pessoas ainda compram o caixão, prevendo o futuro, guardando o objeto em casa ou deixando pago na funerária através de um plano de assistência familiar.
Perguntado sobre quem lucra mais com a morte, o cemitério ou a funerária, respondeu: “ Na verdade não existe lucro e sim repasses de custos de despesas com funcionários, veículos, impostos, combustíveis...”.CAIXÃO BRANCO

O caixão branco que era utilizado para enterrar jovens vírgens ainda é utilizado, mas hoje, os padrões não são levados a sério como antigamente e pode chegar a R$ 2 mil. Outro fato relatado pelo comerciante é o desejo de algumas pessoas em serem sepultadas em urnas fúnebres com o escudo do seu time de coração.
“ Hoje se encontra tudo isso no mercado. Um caixão para quem é fanático pelo Flamengo, ou de repente pelo Vitória, pois o mercado está atualizado e pronto para atender o gosto do cliente ”, enfatizou o dono da empresa.

TRASLADO

No caso do traslado de um corpo para outro estado os custos pode ser um pouco maior em virtude de vários fatores como contratar outra empresa fúnebre para deslocar a urna fúnebre, embalsamamento, passagens áreas, etc...

ENTERRO ON LINE

Mais para quem não pode viajar já existem empresas especializadas com o enterro on line. Nesse caso as pessoas que estão em outra cidade ou país que podem assistir ao velório ou sepultamento através da internet, mas esse serviço ainda não é muito divulgado no Brasil.

DONO DE FUNERÁRIA É HUMANO

Na reta final da entrevista o repórter Denivaldo Costa questionou sobre os depoimentos de pessoas que acusam donos de funerárias de serem insensíveis e que só pensam nos lucros.
“ Isso não é verdade, existem vezes que nós ficamos até depressivos por estar muito tempo em razão de estar lidando boa parte do tempo com a morte e há a questão de envolvimento emocional, ao ver outras pessoas sofrendo, mas nós somos humanos e sabemos que um dia vamos morrer ”, desabafou.

CREMAÇÃO
Segundo Gevacy, em Feira não existe crematório, para a pessoa que deseja ser transformada em cinzas após a morte. O serviço só é oferecido em Salvador e a família precisa de uma licença judicial para incineração do cadáver.

ESPERANDO A MORTE

Você enterra muita gente, mas como você espera a morte? Perguntou o repórter.
“ Eu espero de uma forma tranqüila, pois estou o dia a dia lidando com isso e sei que mais cedo ou mais tarde, vai chegar a vez de todo mundo. Você tem família, tem filhos e a morte não vem só para o vizinho, mas o ser humano em geral não está se preparando para isso ’’, finalizou Gevacy.
O dono da funerária se filiou em um partido, o DEM, e pelo visto pretende testar a sua popularidade em outra urna; a eleitoral, mas ele não quis falar no momento sobre o assunto.

Blog Central de Polícia, com reportagem de Denivaldo Costa

5 comentários:

  1. FICO PENSANDO COMO OS DONOS DE FUNERARIAS PODEM DORMIR,ELES VEEM MORTOS TODO OS DIAS,ISSO NAO AFETAM A CABEÇA NAO TIPO UM MEDO DE UM DELES APARECEREM????EU NUNK TERIA CORAGEM D TRABALHAR NUMA FUNERARIA TENHO MUITO MEDO DESSAS COISAS.

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    1. Os vivos sao muito perigosos o mortos nao

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  2. Como diz uma música da Banda Olodum: "Se temos que pagar pra nascer, dá duro pra viver tão preocupado, E SE MORRER, TEM QUE PAGAR PRA SER ENTERRADO."

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  3. Tenho medo é dos vivos e não dos mortos....!!!!

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  4. Não tenho medo da morte . Sim da vida. Por isso vou comprar um caixão reservar um dinheiro pois vivo só. E não quero dar dispensas para meus filhos. Que pouco vem me ver. E não quero flores. Odeio flores. Me cubra de bolinhas de isopor colorida m

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