O programa Profissão Repórter, da rede Globo exibiu nesta terça-feira (4) matérias abordando a exploração sexual nas estradas do Nordeste do Brasil e uma equipe esteve visitando Feira de Santana e encontrou adolescentes se prostituindo no Centro de Abastecimento deste município.O repórter Thiago Jock entrevistou duas meninas que confessaram fazer programas em troca de algum dinheiro. Elas revelaram que existem locais próximos ao Centro de Abastecimento que recebem casais, e inclusive, permitem a entrada de menores.
- “Lá tem um motel pertinho. Até se quiser ir de pé, e se não quiser entrar de carro vai”, disse a garota J, de 17 anos.
- E qualquer menina pode entrar? questionou o repórter.
- Pode entrar de menor, o que quiser lá. Pagando ele quer receber dinheiro, disse a menina de 15 anos.
Diretor do CA diz que exploração sexual é antiga
No Centro de Abastecimento de Feira de Santana, na Bahia, adolescentes estariam trabalhando como prostitutas. Alguns boxes que vendem bebida alcoólica apresentam maior incidência de exploração sexual no centro de abastecimento.O diretor do centro de abastecimento, Cláudio Soares, diz que a situação é antiga e corriqueira e que já enviou ofícios ao Ministério Público e à Vara da Infância e da Juventude informando sobre a prática da prostituição infantil no local. “A gente entende que é uma questão social, mas é preciso que o poder público venha ao centro de abastecimento para tomar as medidas cabíveis”, afirmou.
O juiz da Vara da Infância e da Juventude, Walter Costa, afirma que algumas dificuldades do Juizado têm impedido uma fiscalização maior no centro de abastecimento e informa que vai pedir uma investigação à Polícia Civil. “O objetivo agora será comunicar a Polícia Civil para proceder sobre o crime, exploração sexual de crianças e adolescentes e também acionar a rede do sistema de garantias do direito da criança e do adolescente”, informou o magistrado.
Já o Secretário Muncipal de Prevenção à Violencia, Mizael Freitas, destacou que a partir desta quarta-feira (5), aumentou o número de guardas municipais para fazer a segurança do local, e que vai pedir a ajuda também da Polícia Militar.
“Nós precisamos de maior intervenção dos conselhos tutelares com os agentes de proteção com a intervenção dos conselhos tutelares, com os agentes de proteção, com os comissários de menores e Vara da Infância e Adolescência fiscalizando esse cumprimento de todos os órgãos que estão envolvidos nesse processo”.
Fonte e imagens: G1 Bahia e Profissão Repórter
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