Os policiais civis do estado da Bahia decretaram paralisação na manhã desta sexta-feira (4/3), em assembléia extraordinária na sede da Associação de Funcionários Públicos do estado, em Salvador. A categoria decidiu por unanimidade parar as atividades até que os responsáveis pela morte do agente da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR), Valmir Borges Gomes, ocorrida na noite desta quarta (2/3) por policiais da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), comandados por seu titular e coordenador do Serviço de Informação, sejam presos. Centenas de policias participaram da reunião.
“Permaneceremos parados até que os executores sejam presos. Nosso colega foi assassinado pelas costas, de forma covarde, e os verdadeiros culpados têm que ser punidos”, ressaltou o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (SINDPOC), Carlos Lima. Valmir Borges era também diretor do Conselho Fiscal do sindicato.
Ainda na assembléia os policiais civis decidiram exigir do governo do Estado o afastamento da cúpula da Polícia Civil, já que eles não mais acreditam na direção da Secretaria de Segurança Pública e pedem mudanças imediatas. Após o encerramento do encontro, o grupo seguiu com tarjas pretas em uma caminhada fúnebre em direção ao Ministério Público Estadual (MPE), onde prestaram queixa formal para a apuração dos fatos.
“Precisamos pedir socorro ao Ministério Público, não queremos morrer. Valmir estava trabalhando em uma diligência normal, não acreditamos nessa coisa de extorsão que eles estão alegando, até porque mesmo que fosse esse o caso deveria ser apurado. A gente não pode achar que agora é chegar e dar a sentença de morte”, ressalvou o secretário geral do SINDPOC, Bernardino Gayoso.
O procurador geral do MPE, Wellington César Lima e Silva recebeu uma comissão encabeçada pelo presidente do sindicato, Carlos Lima, e após a audiência designou os promotores José Vicente Santos Lima e Ediene Santos Lousado para acompanhar rigorosamente o caso, deixando a categoria mais confiante.
De acordo Joseval Costa, representante da categoria do interior em entrevista ao repórter Denivaldo Costa, o setor jurídico do SINDPOC já está tomando as devidas providências jurídicas para apresentar com segurança à Corregedoria geral o outro policial civil que acompanhava Valmir no momento da ação. O ato será acompanhado de perto pelo MP, para que seja esclarecido o que realmente aconteceu, relatou o dirigente sindical.
Feira de Santana
Uma faixa informando sobre a paralisação dos policiais civis foi colocada em frente ao Complexo Policial investigador Bandeira. Vale Salientar que o Departamento de Policia do Interior (DEPIN), informou na manhã desta sexta-feira (4), que só funcionarão durante o carnaval, o setor de plantão, até a quarta-feira de cinzas.
Blog Central de Polícia com informações do SINDPOC e Jornal A Tarde
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