Um projeto realizado no Presídio Regional de Feira de Santana está ajudando os presos de bom comportamento a estudar e retornar para a sociedade melhor preparados. Com a ajuda de voluntários, 120 detentos vão diariamente para as salas de aula e podem também sair mais cedo da prisão (os presos que participam das aulas de alfabetização de jovens e adultos e do ensino médio reduzem um dia de pena a cada três dias de presença nas aulas). É o Projeto Amigos da Escola que tem como realizadores o Colégio Estadual Paulo VI e a Coordenação de Atividades Educacionais e Laborativas do Conjunto Penal de Feira de Santana. Os trabalhos contam com dez salas de aula e 18 professores que atuam no colégio anexo do presídio. Este ano cinco alunos detentos ficaram com nota acima da média nacional no Enem – Exame Nacional do Ensino Médio. Outros estudantes também conseguiram bons resultados na primeira etapa das Olimpíadas de Matemática no ano passado.As atividades do Amigos da Escola do Conjunto Penal de Feira e seus resultados serão apresentados no dia 27 de outubro durante um evento que vai contar também com a presença do superintendente de assuntos penais da Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, Isidoro Orge Rodriguez e do diretor do presídio, Edmundo Memeri Dumet, além de professores e outros convidados. Durante toda a tarde desta quarta-feira, voluntários, professores e alunos detentos vão receber convidados e participar de palestras, apresentações teatrais, de músicas entre outras atividades. “A idéia é fazer com que mais pessoas participem do projeto e possam ajudar na educação dos presos e assim qualificá-los para o retorno a sociedade”, observa o coordenador de Atividades Educacionais e Laborativas do Conjunto Penal, Nilson Sérgio de Brito Ribeiro.
O Amigos da Escola do Conjunto Penal de Feira também visa à reintegração social dos detentos através de ações que valorizam a criatividade. Além das aulas regulares eles participam de oficinas de arte, música, teatro, dança e literatura de cordel. As atividades, de acordo com a diretora do colégio Ana Verena Amorim, criam mecanismos para o resgate da cidadania dos presos estudantes. “Eles passam a ver o conhecimento como forma de transformar a sua própria realidade”, analisa.
Fonte: Dia Bahia
Nenhum comentário:
Postar um comentário