segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Advogado acusado de violar lacre da ANVISA contesta sua prisão


O advogado Marco Aurélio Marques Gomes, foi liberado da 2ª Delegacia neste final de semana, após ser preso sob acusação de ter violado lacre federal da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), numa fábrica clandestina de medicamentos fitoterápicos. Também foram presos na mesma operação da PRF e fiscais da ANVISA, Cristiano de Araújo Marques, Gerson Andrade da Silva e Gianinne Ribeiro Santana.

Em entrevista ao programa Fábio Negrini Com o Povo, pela rádio Povo AM, na manhã deste domingo (10), o advogado lamentou sua prisão e negou ter violado o lacre da ANVISA. Ele contou ao radialista que ao chegar no local, não encontrou nenhum lacre de interdição e que o veículo onde estavam computadores, notas fiscais e outros pertences da empresa não é de sua propriedade.

Marco Aurélio Gomes disse ainda que sua prisão foi feita de maneira irresponsável e que um parecer será emitido pelo Ministério Público, a pedido de advogados. As outras pessoas detidas durante a operação também foram soltas.

RELEMBRE O CASO
Foram presos por prepostos da Polícia Rodoviária Federal (PRF), na tarde desta quinta-feira (8), o advogado Marco Aurélio Marques Gomes, Cristiano de Araújo Marques, Gerson Andrade da Silva e Gianinne Ribeiro Santana, todos acusados de violar uma interdição federal.

De acordo como o inspetor da PRF, Marcus Almeida, os policiais deram apoio na manhã de quinta-feira (7) aos agentes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), numa operação de combate à fabricação clandestina de medicamentos terapêuticos, no município de Feira de Santana e numa residência localizada na Travessa Santo Antonio, no centro, descobriram um laboratório clandestino de medicamentos. No local, os fiscais da ANVISA encontraram mais de dois milhões de cápsulas prontas de medicamentos fitoterápicos, o equivalente a três toneladas, além de máquinas industriais e matéria prima para a fabricação de mais medicamentos.

Um senhor, identificado como José Carlos Correia, que estaria como o responsável pelo local naquele momento foi conduzido ao Complexo Policial, e a fábrica clandestina foi interditada. Uma parte dos produtos foi apreendida e o local foi fechado, quando os agentes voltariam depois para apreender o restante e descartas os medicamentos no aterro sanitário.

PRISÃO DO ADVOGADO
" Ao sairmos para almoçar, deixamos tudo fechado e quando retornamos, flagramos quatro pessoas no interior da fábrica. Entre as pessoas flagradas, estava o advogado Marco Aurélio. Dentro do carro do advogado, flagramos computadores, aparelhos celulares, fax e notas fiscais que eles haviam retirado do local", declarou o inspetor Marcus Almeida.

SAÚDE PÚBLICA
Marcos Alexandre Dantas Maximo, especialista em Regulação e Vigilância Sanitária da Anvisa, informou que desde segunda-feira a Anvisa, a PRF e a Vigilância Sanitária vêm fazendo uma operação no combate à fabricação de produtos farmacêuticos clandestinos em toda a Bahia e ao receberem a denúncia sobre uma fábrica cladestina em Feira, foram até o local e constataram a veracidade. Ele acrescentou que a fábrica não possui o registro da ANVISA e apresentava péssimas condições de higiene.

FLAGRANTE
Todos os envolvidos foram conduzidos ao Complexo Policial e apresentados ao delegado plantonista da 1ª Delegacia, Carlos Lins. De acordo com o delegado, foram autuados em flagrante no artigo 273 ( falsificação e transporte de medicamentos terapêuticos), e no artigo 288 ( formação de quadrilha ).

Redação do Central de Polícia, com informações do programa Fábio Negrino Com o Povo
Imagem Ilustrativa

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