Dois homens foram condenados pela Justiça Federal, em Feira
de Santana, após serem acusados de aplicar golpes contra o Mercado Livre –
plataforma de compra e venda virtual, utilizando explosivo. Eloy Moreira
dos Santos Neto e Leone Cardoso Mascarenhas foram condenados pelo juiz Marcel
Peres, da 3ª Vara Federal, a 08 anos e quatro meses e 08 anos, dois meses e dez
dias, respectivamente. Eles foram denunciados pelo Ministério Público Federal.
De acordo com a denúncia do MPF, Eloy Moreira e Leone
Mascarenhas teriam efetuado diversas postagens de materiais explosivos, através
da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, com o intuito de obterem
vantagem econômica indevida, em desfavor do Mercado Livre.
Conforme consta dos autos, as encomendas enviadas via Correios
– todas elas relacionadas a vendas realizadas no site Mercado Livre e remetidas
de Feira de Santana – teriam incendiado em diversos pontos do país.
EXPLOSIVO
Durante a apuração do caso, segundo os autos, ficou
esclarecido que tudo se tratava de um esquema estelionatário que tinha por
finalidade receber o ressarcimento pelo valor venal do objeto — que variavam
entre R$ 5.000 e quase R$ 14.000 -, indenização esta que faria jus em virtude
da sua deterioração”.
O caso chegou à polícia em janeiro desse ano, através do
coordenador de segurança dos Correios, Sérgio Luís Machado. Na denúncia, ele
teria apresentado fragmentos de três destas encomendas, que teriam explodido no
interior da agência Duque de Caxias, em Feira de Santana. O fato teria ocorrido
no último dia 2 de janeiro.
Os laudos periciais reforçaram que todos os artefatos
apreendidos foram montados em Feira de Santana da mesma maneira. Segundo
consta, o explosivo era composto por uma bateria de 12 volts, da marca
Multilaser, ligadas por fios desencapados a um temporizador da marca Snotimer,
formando um circuito elétrico. Nos horários programados, a bateria passava a
fornecer energia a outro ramal, o que acaba por aquecer a afiação, causando a
ignição de uma carga de pólvora acoplada na instalação.
Ainda segundo o
depoimento do referido preposto dos Correios, até a data da comunicação, teriam
ocorrido cinco explosões.
VERSÃO DA DEFESA
O site Olá Bahia conversou com o advogado dos acusados.
Joari Wagner Marinho Almeida disse que não poderia comentar o assunto, uma vez
que foi não autorizado pela famílias dos condenados.
FONTE: Olá Bahia, com imagem ilustração.
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