Uma motocicleta Harley Davidson/FXS, com ocorrência de roubo
registrada em 2018, foi recuperada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na
manhã desta sexta-feira (12), em Feira de Santana na Bahia.
A ação iniciou após denúncia de possível ‘clonagem’ de uma
motocicleta que circulava na região de Feira de Santana, distante 116
quilômetros de Salvador. A fim de averiguar a situação, os PRFs se dirigiram a
residência localizada no bairro ‘Mochila’ e após autorização do proprietário,
um homem de 27 anos, adentraram no imóvel.
Durante a fiscalização no veículo, foram encontradas
indícios de adulterações nos elementos identificadores, o que levou a equipe a
aprofundar a verificação na Harley. Com técnicas de identificação veicular, os
policiais perceberam elementos que indicavam outro veículo, da mesma marca e
modelo, porém com placas diferentes.
Após consulta ao sistema de dados, os agentes constataram se
tratar na realidade de uma motocicleta roubada em setembro/2018, no estado de
São Paulo.
Para não levantar suspeitas, a placa original foi trocada
por outra “clonada” de uma moto com características semelhantes. Questionado o
homem informou ter adquirido o veículo em São Paulo (SP) .
O veículo apreendido e o envolvido foram apresentados na Delegacia
de Polícia Civil local.
Como funciona o crime
O crime de fraudes veiculares resulta em múltiplas vítimas e
está dividido em três fases distintas: o roubo, a adulteração e a revenda.
Na primeira fase temos claramente identificada a primeira
vítima, que é a pessoa que teve seu veículo furtado ou roubado e, neste último
caso, frequentemente com o uso de violência por parte dos criminosos.
Na segunda fase, a adulteração, os criminosos trocam a
identificação do veículo e seus documentos para que pareça ser um veículo
regular, também conhecida como clonagem. Neste momento o veículo recebe placas
de outro veículo idêntico e o proprietário desse veículo, que se encontra em
situação regular, torna-se a segunda vítima dos criminosos pois passa, muitas
vezes, a receber multas de trânsito por infrações relacionadas ao veículo
clonado.
A terceira e última fase é a revenda, alimentada pelo
comércio ilegal desses veículos clonados, muitas vezes negociados em sites na
internet por valores inferiores ao preço real do veículo. Nesta terceira fase
do crime temos a terceira vítima em potencial, o comprador que,
inadvertidamente, passa a ter a posse do veículo clonado.
Fonte: Nucom, com imagem divulgação.
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