terça-feira, 31 de outubro de 2017

Paciente aguarda cerca de 8 horas dentro de ambulância do SAMU em busca de atendimento em Feira de Santana

A Lei nº 10.741, de 1º  de outubro de 2003, que institui o Estatuto do Idoso, dispõe sobre papel da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público de assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária.

Apesar de existir uma Lei que institui direitos aos idosos, essa parcela da população que já chegou à terceira idade continua sofrendo no país, e um dos exemplos aconteceu nesta segunda-feira (30), no município de Feira de Santana. 

O senhor Adalberto Lima Ferreira, 80 anos, morador do povoado do Jacu, no distrito da Matinha, passou cerca de 8 horas no interior de uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), rodando de hospital em hospital em busca de um atendimento.
Segundo a filha, Eliene da Silva Ferreira, o paciente sofre de câncer e nos últimos três dias vem sofrendo com falta de ar. A família solicitou o atendimento do SAMU e a equipe médica constatou que o idoso precisava de atendimento hospitalar. Começou então a peregrinação, das 9h até às 16h30, quando finalmente o paciente foi internado no Hospital Dom Pedro de Alcântara. Eliene informou que apesar do pai ser paciente da UNACON, que é vinculada ao Dom Pedro, houve resistência para receber o idoso.

De acordo com Eliene, antes de ser internado, a ambulância do SAMU esteve outras duas vezes no próprio Dom Pedro, uma vez no Hospital Geral Clériston Andrade (HGCA), uma vez na UPA da Mangabeira e também na Policlínica do Parque Ipê.
“Chegando aqui (HDPA), nós não fomos bem atendidos, tanto é que ele é paciente daqui, já foi internado outras vezes, mas desta vez, a médica fez descaso, não atendeu bem, não deu os primeiros socorros, só fez olhar e disse que aqui não tinha vaga, que era para voltar, para ir para o Clériston ou então para as policlínicas”, denunciou. Eliene reclamou ainda que uma ambulância de um hospital particular chegou com um paciente e não teve dificuldade no atendimento.

Ela informou que argumentou que as policlínicas não tinham suporte para atender seu pai, mas teve que ir procurar atendimento em outras unidades de saúde. Como não obteve sucesso, a equipe do SAMU retornou ao HDPA e com a presença da imprensa, o idoso finalmente foi internado.

Blog Central de Polícia, com informações e fotos de Sotero Filho.



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