O julgamento de Gilson Jesus Moura teve início às 9h e foi
encerrado às 20h e foi presidido pela juíza Márcia Simões Costa, titular da
Vara do Júri da Comarca de Feira de Santana.
O Ministério Público da Bahia (MP-BA) havia pedido a
condenação do acusado por homicídio triplamente qualificado e também por
tentativa de homicídio contra uma filha, que sobreviveu ao ataque.
O órgão também pediu condenação por tentativa de feminicídio
contra a esposa do acusado, outra sobrevivente do atentado.
A promotora Semiana Cardoso classificou o crime como
"muito cruel" e disse as provas eram suficientes para condenar o
suspeito.
Chacina
O crime ocorreu no dia 4 de janeiro de 2017. O suspeito foi
preso dois dias depois do crime e confessou a chacina.
A mulher do suspeito e uma criança de 3 anos, filha do
casal, conseguiram escapar da casa incendiada.
Após ser preso, Gilson relatou teve um surto e que, por
isso, incendiou a casa. A polícia, no entanto, informou que o crime foi
premeditado.
Gilson e a mulher estavam junto há 15 anos e, segundo a
polícia, tinham brigas constantes por causa dos ciúmes dele. Na noite do crime,
conforme a investigação, o casal brigou porque a mulher estaria dançando em uma
festa de réveillon. A polícia disse que essa discussão pode ter motivado o
crime.
Dez anos antes de incendiar a casa, conforme a polícia, o
homem deu duas facadas na mulher depois de uma briga por ciúmes e quebrou
objetos no imóvel.
Gilson, no entanto, negou em depoimento qualquer desavença
com a família e insistiu que não teve motivos para matar a família. Ele disse à
imprensa que comprou o galão com cinco litros de gasolina para colocar na moto
da mulher.
De acordo com a polícia, após cometer o crime, Gilson fugiu
para a cidade baiana de Capim Grosso de carro. Depois, deixou o carro na
cidade, e foi para Jacobina, no norte do estado. Ele também passou pela cidade
de Irecê, no centro-norte, antes de retornar para Campim Grosso e Feira de
Santana.
Conforme a polícia, ele teria voltado à cidade da chacina
para vender o carro e, com o dinheiro, fugir para outra cidade. O suspeito
disse, no entanto, que voltou para se entregar.
Gilson não tinha até então nenhuma passagem pela polícia.
Após a chacina, ele passou a responder por por cinco homicídios consumados,
duas tentativas de homicídios e um aborto - pois uma vítima estava grávida.
A polícia também descartou a participação de outra pessoa no
crime ou mesmo ajuda de terceiros para que o suspeito fugisse após a chacina.
FONTE: G1 e Sotero Filho, com imagens do páginas de notícias (Carlos Valadares)
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